Costa de Caparica teme verão igual ao do ano passado

"O negócio este ano vai ser muito idêntico ao do verão passado" dizem os concessionários 

Os concessionários da Costa de Caparica, em Almada, esperam uma época balnear igual à do ano passado, devido à pandemia da covid-19, apesar de um aumento na afluência de turistas às praias. A época balnear começou nesta terça-feira, estando em vigor as normas definidas pelo Governo para o acesso e ocupação das praias, bem como a aplicação de coimas para quem não as respeitar, entre 50 a 100 euros, para pessoas singulares, e de 500 a mil euros, no caso de pessoas coletivas. "O negócio este ano vai ser muito idêntico ao do verão passado, pode ser que haja uma ligeira melhoria, ainda que pouco significativa, mas será de longe um ano normal", sublinham os concessionários das 17 praias do concelho de Almada.
Época balnear já começou mas não houve muita gente nas praias 

"Como é óbvio, todos temos de cumprir e fazer cumprir com as normas da Direção-Geral da Saúde porque temos de ultrapassar esta fase, mas apesar de ser um otimista por natureza, acho que este ano será igual ao anterior", explicou, em declarações à Lusa, o presidente da Associação de Apoios de Praia da Frente Urbana da Costa de Caparica, Acácio Bernardo.
Entre as regras estabelecidas, e cujo incumprimento está sujeito a coimas, está o uso de máscara nos acessos à praia e na utilização dos apoios, restaurantes ou instalações sanitárias, a prática de desportos não individuais, o incumprimento do distanciamento social entre pessoas e grupos, nomeadamente no areal, e o incumprimento das regras para circular nos acessos, passadeiras e paredões.
Os concessionários podem ainda ser multados pela falta de espaços com informação sobre as regras ou pela inobservância de regras da Direção-Geral da Saúde ao nível da higienização e limites de ocupação dos espaços como sanitários e restaurantes.
"O negócio este ano vai ser muito idêntico ao do verão passado, pode ser que haja uma ligeira melhoria, ainda que pouco significativa, mas será de longe um ano normal. As coimas não mobilizam as pessoas a irem às praias, porque elas têm noção que ao estarem de férias, inevitavelmente, deixam de estar tão atentas à máscara e ao distanciamento de outras pessoas, e optam por não arriscar", acrescentou.

As regras para ir à praia 
Empresários buscam um verão melhor do que em 2020
Os concessionários e os seus funcionários têm trabalhado durante todo o ano para durante os próximos meses estarem "aptos a cumprir com as normas de distanciamento, higienização e utilização de máscara nas esplanadas, bares, zonas de chapéus de sol ou zona de espreguiçadeiras" e permitir que as praias sejam um lugar seguro para quem as frequenta.
Ainda assim, Acácio Bernardo garante que, em relação ao ano passado por esta altura, há uma maior afluência às praias e bares da Costa de Caparica, maioritariamente por turistas que no ano passado não puderam viajar devido ao encerramento das fronteiras aéreas e terrestres até 15 de Junho.
As 17 praias do concelho de Almada iniciaram a época balnear a 1 de Junho e terminam em 30 de Setembro.
A ocupação das praias, segundo as regras definidas pelo Governo, é indicada com a sinalética de cores dos semáforos: verde para ocupação baixa (até 50 por cento), amarelo para ocupação elevada (acima dos 50 e até os 90 por cento) e vermelho para ocupação plena (superior a 90 por cento).
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.551.488 mortos no mundo, resultantes de mais de 170,6 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 17.025 pessoas dos 849.538 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

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