Pinhal Novo prepara 11 dias de concertos no Largo José Maria dos Santos

Sem rulotes de comida e bebida e com espaços fechados, o evento arranca esta quinta-feira 

Bora Lá Pinhal Novo é o evento cultural e desportivo, promovido pela Associação das Festas Populares, que irá substituir as Festas Populares, que foram canceladas devido à manutenção do Estado de Calamidade em todo o país. Ainda assim, como os espetáculos culturais ao ar livre  são permitidos, a vila prepara-se para 11 "noites" de alegria. Serão 11 eventos no Largo José Maria dos Santos, reservado a apenas 400 pessoas com lugar marcados. Cada espetáculo custa dois euros e os bilhetes estão à venda na sede da Associação das Festas Populares. Será um evento em "formato diferente, mais intimista, com um programa menos arrojado e essencialmente voltado para dentro do concelho", disse Herlander Vinagre, presidente da Associação.  Ainda assim serão noites cheias de música onde se destacam os concertos de Rosinha [5 de Junho], Shivers + Orquestra Nova de Guitarras [9 de Junho], Ricardo Savedra, [11 de Junho], Jorge Nice [12 de Junho] e Belito Campos que encerra o "Bora Lá Pinhal Novo, na noite de 13 de Junho. No dia 10, de manhã, há o mítico passeio das pasteleiras, pelas ruas da vila. Há arraial e divertimentos no parque de estacionamento da estação nova com limitação de acessos. Mas deixa de haver espaços de comes e bebes. 
Tudo pronto para as 11 noites de música no Largo 

Há quase 25 anos, as Festas Populares de Pinhal Novo são já uma referência cultural no distrito de Setúbal e em toda a grande Lisboa. São as primeiras grandes festividades da região [sempre no inicio de Junho], movimentam milhares de pessoas e são um forte estimulo à economia local. Foi sempre assim até 2019. Tudo mudou com a chegada da pandemia de covid-19, no início de 2020."Encarando 2021 como um desafio para sobrevivermos económica e socialmente, é nossa intenção fazer um evento, num formato diferente, mais intimista, com um programa menos arrojado e essencialmente voltado para dentro do concelho", disse Herlander Vinagre, presidente da Associação das Festas.
Entre cenários incertos e caminhos tortuosos pela frente, chegou-se à conclusão, face à situação de calamidade sanitária que o país ainda vive, seria impossível juntar as rulotes de comes e bebes na zona envolvente ao Largo José Maria dos Santos. Antes já se sabia  que o arraial seria mais pequeno, não há palco na Praça da Independência, nem Pátio Caramelo e muito menos o espaço da Gastronomia. As largadas de toiros também foram "cortadas" do programa há muito tempo.  O evento desenhado pela organização será apenas uma "homenagem" ao certame mais importante da freguesia: as Festas Populares de Pinhal Novo. 
Destes tempos estranhos nasceu o "Bora Lá Pinhal Novo" que junta, em 11 noites, artistas da região e associações locais. Assim, o único palco estará junto ao coreto. Será um recinto fechado e com lugar para 400 pessoas, todas sentadas, e com circuitos de entrada e saída gerida por uma empresa de segurança. E há mais: São espetáculos pagos. "Os bilhetes, para cada concerto, custa dois euros e podem ter adquiridos na sede Associação de Festas, no Largo José Maria dos Santos".  
A SFUA inaugura a primeira noite cultural, a 3 de Junho. Na sexta-feira, 4 de Junho, sobem ao palco a dupla Kris Rosa e Zé Carolino. A 5 de Junho. O palco é da Rosinha e no domingo, 6 de Junho, há a atuação da Orquestra Nova de Guitarras. O ATA terá palco a 7 de Junho, o Coletivo Alexandre Miguel tocam na noite de 8 de Junho. 
Outro dos momentos mais aguardados deste ano acontece a 9 de Junho, onde os Shivers [que festejam os 20 anos de carreira este ano] se juntam à Orquestra Nova de Guitarras para um espetáculo que promete "muitas surpresas". A 10 de Junho, a noite é de fado com Maria Graça, Jezelde Zabelo, Inês Calado, Nuno Rocha, António Marto, Gilberto Santos e Laurina Alves.   
A 11 de Junho chega a noite de Ricardo Savedra, a 12 o palco pertence a Jorge Nice. O último dia será de Belito Campos que encerra o Bora Lá Pinhal Novo ao som do "Pinhal Novo é sexy". Todos os espetáculos arrancam às 21 horas. O recinto abre todos os dias às 20 horas e às 22h30 tudo tem estar terminado. 
Neste contexto de pandemia, solicita-se a colaboração de todos os visitantes na "adoção de comportamentos socialmente responsáveis, cumprindo de forma exemplar as medidas gerais recomendadas pela Direção-Geral da Saúde designadamente: o uso de etiqueta respiratória, a higienização frequente das mãos, o distanciamento social aconselhado e a utilização de máscara".

Carrocéis em espaço fechado 
Passeio das Pasteleiras realiza-se a 10 de Junho 
Os carrocéis ficam desta vez no parque de estacionamento da Estação Nova. Segundo contou José Faria à ADN-Agência de Notícias, "toda esta zona será vedada com entradas e saídas controladas por segurança privada e sujeitos a um plano especial de contingência". Haverá ainda limitação de espaço. 
Ainda assim, realça a organização, "depois de um longo confinamento há que dar lugar à confiança, com civismo e responsabilidade".  
O passeio das pasteleiras pelas ruas da vila, a estafeta jovem do Pinhal Novo [na manhã do dia 10] e o 
passeio BTT das Festas Populares, na manhã de 13 de Junho, completam a programa.
Ainda assim, diz Herlander Vinagre, "é melhor fazer o evento do que nada fazer". Afinal, desde 2019, a Associação das Festas Populares tem "zero de receita" mas "os nossos compromissos e despesas nunca pararam". 
A Câmara de Palmela aprovou, por unanimidade, em Abril, a atribuição de um apoio financeiro à Associação das Festas Populares de Pinhal Novo, no valor de 25 mil euros, como comparticipação (programação e infraestrutura eléctrica) para a realização da 24.ª edição deste evento.
A referida Associação tem apresentado, ao longo dos anos, "um orçamento equilibrado, mantendo a mesma orientação para este ano especialmente atípico, prevendo cerca de 50 por cento de receitas próprias para a concretização das Festas, sendo a sua principal dificuldade, a diminuição de receitas e o esforço para com os encargos das infraestruturas", diz a Câmara de Palmela. 


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