Palmela celebra Queima do Judas em formato original

Os testamentos que seriam lidos pelas ruas vão ser partilhados com a população através de um jornal 

Este ano, o contexto de pandemia volta a não permitir que a tradição da Queima do Judas se cumpra em Palmela no formato habitual, mas o município e os parceiros celebram de uma forma diferente e original, com a distribuição, pela população, de um jornal sobre a tradição, um kit com peças para montar e um vídeo de edições anteriores mantêm vivo o ritual. A Queima do Judas em Palmela vai ser celebrada a partir de sábado, 3, num formato original projetado pela Câmara Municipal em conjunto com dúzia e meia de associações e grupos de teatro locais. Assim, os testamentos que seriam habitualmente lidos pelas ruas de Palmela vão ser partilhados com a população através do Jornal da Queima do Judas, que vem renovar o importante trabalho desenvolvido pelos grupos de teatro e associações locais na manutenção da vida cultural do concelho. Recuperada pelo município em 1995, a Queima do Judas é um ritual de origens pagãs, ligado à celebração do equinócio da primavera e ao início de um novo ciclo de vida, saindo à rua, anualmente, no Sábado de Aleluia (antes do domingo de Páscoa).
Queima do Judas volta a não sair à rua este ano

O novo modelo, que assenta na distribuição à população de um jornal e de um kit dos festejos, além da divulgação de um vídeo, vem assim dar resposta à impossibilidade de cumprir a tradição nos moldes habituais, tal como aconteceu no ano passado face às restrições provocadas pela conjuntura pandémica.
“Os testamentos que seriam habitualmente lidos pelas ruas de Palmela vão ser partilhados com a população através do Jornal da Queima do Judas, que vem renovar o importante trabalho desenvolvido pelos grupos de teatro e associações locais na manutenção da vida cultural do concelho”, revela a autarquia. 
Além disso, explica no mesmo comunicado enviado à ADN-Agência de Notícias, será “também distribuído, mediante reserva (através do 212 336 630), o Kit Queima do Judas, com ilustrações de Zé Nova, para recortar, montar e colar”. 
A estas duas formas originais de celebrar a tradição, a edilidade e as 16 entidades parceiras juntam ainda a divulgação de um vídeo que será transmitido no próximo sábado no canal Youtube e na página de Facebook “Palmela Município”, com momentos alusivos a “edições anteriores” do ritual.
“Há dois anos consecutivos que a situação de pandemia que o País atravessa não permite celebrar este ritual, mas, por entender que a cultura não pode permanecer em suspenso, o município e os parceiros da iniciativa propõem, este ano, uma nova forma de celebrar a Queima do Judas”, lembra a autarquia. A iniciativa integra o programa comemorativo municipal do Dia Mundial do Teatro (27 de Março). 
Em Palmela, a tradicional Queima do Judas foi “recuperada” pelo município palmelense “em 1995, no âmbito do Programa Municipal do Teatro, numa parceria com os grupos de teatro e associações locais”. A Câmara Municipal recorda que se trata de um “ritual de origens pagãs, ligado à celebração do equinócio da Primavera e ao início de um novo ciclo de vida, saindo à rua, anualmente, no sábado de Aleluia (antes do domingo de Páscoa)”. 
Ainda de acordo com a autarquia, esta tradição “envolvia, todos os anos, centenas de pessoas, que percorriam as ruas do centro histórico de Palmela, terminando num grande convívio no Largo de São João”. Um regresso marcado, todos esperam, para o sábado de Páscoa de 2022. 

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