PSP abre inquérito por uso da força em ação policial no Barreiro

Revista coerciva a quem se juntou e bebeu álcool na rua vale inquérito disciplinar a polícia 

A PSP instaurou um inquérito disciplinar para apurar as circunstâncias da intervenção policial num caso de infração às restrições impostas pelo estado de emergência, na sequência da pandemia de covid-19, ocorrido no Barreiro. Várias pessoas estariam a consumir álcool, tendo um deles, recusado ser revistado, acabou por ser detido. Num comunicado, o Comando Distrital de Setúbal da PSP indicou que “teve acesso a um registo de imagem que mostra parte da atuação policial” e que, por “subsistirem dúvidas quanto à conformidade dos procedimentos do uso da força executados”, foi instaurado inquérito disciplinar.
Polícia foi chamada a bairro. A força pode ter sido excessiva

Segundo a polícia, o caso ocorreu na segunda-feira, na Rua Capitão Aviador Francisco Fernandes Carvalho, no Barreiro, depois de a PSP ter recebido informação de que um grupo de pessoas se encontrava “em ajuntamento e a consumir bebidas alcoólicas na via pública”.
Quando chegaram ao local, adiantou, os agentes “confirmaram que permaneciam na via pública diversos cidadãos, que foram abordados”, tendo um deles, que se encontrava a consumir bebidas alcoólicas, adotado “uma postura de confrontação e oposição contra a ação policial, nomeadamente injuriando um dos polícias”.
“Havendo a suspeita de que o indivíduo tinha na sua posse estupefaciente, foi-lhe comunicado que iria ser sujeito a uma revista sumária, tendo este recusado submeter-se à mesma”, referiu a PSP.
De acordo com a polícia, os agentes “procederam à restrição do suspeito e a uma revista coerciva”, e encontraram na sua posse “haxixe e uma arma branca proibida, denominada ‘butterfly’”, pelo que o homem foi detido.
“O detido, quer durante o transporte para as instalações policiais, quer no interior das mesmas, manteve sempre uma conduta exaltada, agressiva, proferindo ameaças constantes ao agente detentor”, acrescentou a PSP.

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