Montijo quer integrar minorias e populações migrantes

"Instrumento estratégico para a integração da população migrante"

A Câmara do Montijo tem desempenhado um papel determinante na integração dos migrantes, quer no reconhecimento dos Direitos Humanos dos imigrantes, quer "na mobilização da sociedade montijenses para uma forte intervenção no combate aos estigmas sociais que acompanham, tantas vezes, as minorias e as populações migrantes", indica a Câmara do Montijo em comunicado. Aqui como em tantas outras respostas sociais, "em cooperação com as Juntas de Freguesia de Pegões e Canha e com a Diocese de Setúbal", a Câmara "assumiu um papel de liderança política, de organização de processos para, em parceria alargada, responder aos problemas que afetam a comunidade imigrante no Montijo", sublinha a nota do município. Nuno Canta disse que “é preciso que o plano constitua um marco decisivo para a difícil caminhada da construção de uma cidade liberta de preconceitos, tolerante e multicultural”, realçou o presidente da Câmara do Montijo. 
Montijo quer incluir migrantes no concelho 

"Somos todos confrontados, enquanto sociedade, com episódios de discriminação, de receios, de estigmas, que, temos de ser capazes de clarificar e ultrapassar", começa por dizer a autarquia. 
O Plano Municipal para a Integração de Migrantes do Montijo, financiado pela União Europeia através do Fundo para o Asilo, a Migração e a Integração, assume-se como "um instrumento da política municipal em continuidade com o trabalho que tem vindo a ser realizado no concelho, desde 2000, com a criação do Gabinete de Apoio ao Imigrante". 
A ambição do Plano Municipal para a Integração de Migrantes é que este seja um "instrumento estratégico para a integração da população migrante que reside ou trabalha no concelho do Montijo assumindo-se, nesse sentido e simultaneamente, como um instrumento de melhoria das condições de vida no concelho e de promoção da sua coesão social", conta a autarquia. 
No seguimento dos trabalhos já realizados e impulsionados pela Câmara do Montijo, em colaboração com as Juntas de Freguesias rurais (Canha e Pegões) e entidades competentes, realizou-se, a 11 de Janeiro, na sala da Galeria Municipal, uma reunião técnica multidisciplinar com vista à defesa dos Direitos Humanos dos migrantes.
Quando o programa começou, em 2015, o Alto-Comissário para as Migrações referiu que Montijo é “um município que se tem pautado por aquilo que de melhor se faz em Portugal para a integração dos imigrantes”.
Nessa altura residem no Montijo 1439 imigrantes nacionais de países terceiros, maioritariamente brasileiros e ucranianos. Os dados atuais são desconhecidos. 
De um modo geral a imigração ocorre como forma de procurar melhores condições de vida e de trabalho, por razões pessoais ou como forma de fugir a perseguições ou discriminações por razões políticas ou religiosas.
Independentemente do motivo que o levou a emigrar, a Câmara do Montijo tem ao seu dispor um Centro Local de Apoio à Integração do Migrante "para o ajudar a ultrapassar obstáculos.
Disponibiliza um atendimento personalizado e confidencial à população imigrante do concelho do Montijo na legalização (regularização da situação migratória), nacionalidade, reagrupamento familiar, garantir o acesso à saúde, educação, emprego, apoio social e jurídico – através da articulação e encaminhamento para diversas instituições, retorno voluntário e o agendamentos para o SEF.


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