Fogaça de Palmela é rainha durante o mês de Janeiro

A Fogaça e a devoção das gentes de Palmela abre os fins de semana gastronómicos do concelho 

A Fogaça de Palmela, um bolo tradicional que tem por base massa de pão, inspira dois fins de semana gastronómicos em Janeiro. Bacalhau com crosta de fogaça, bruschetta de queijo de Azeitão, rúcula e fogaça, gelado de fogaça, crumble de fogaça e muitas outras iguarias estão à prova numa dezena de restaurantes do concelho. Este mês só se vai ouvir falar da famosa especialidade da região de Palmela. Tudo por causa dos fins de semana gastronómicos, que acontecem nos dias 15 e 17 e 22 e 24 de Janeiro. Os Fins de Semana Gastronómicos temáticos são já uma imagem de marca do “Palmela - Experiências com Sabor!”. Queijo de Ovelha, a Sopa Caramela, a Fruta, o Vinho de Palmela, o Coelho à Moda de Palmela, o Moscatel de Setúbal, os petiscos e o Arroz Carolino do Sado são "petiscos" para degustar nos principais restaurantes do concelho até ao final do ano em Palmela, Pinhal Novo, Quinta do Anjo, Marateca e Poceirão. 
Experiências com Sabor abrem com Fogaças 

A Fogaça, um biscoito aromático feito à base de massa de pão, ovos, laranja, aguardente, canela e erva-doce e cozido no forno. A história da Fogaça, cujas receitas centenárias passam de geração em geração nas famílias palmelenses, está intimamente ligada à vivência das gentes da vila e à devoção a Santo Amaro, que se comemora a 15 de Janeiro.
A edição dos fins de semana gastronómicos da fogaça de Palmela 2021 vai contar com a participação de 10 restaurantes e cafés do concelho. Cada um dos espaços vai apresentar receitas de pratos principais e sobremesas, à base do biscoito típico da vila.
3.ª Geração, Âncora & Serrano, Casa Mãe da Rota de Vinhos da Península de Setúbal, Culto Café, Dona Isilda, Taberna da Ladeira, O Telheiro ou o Mar Até Cá  são alguns dos restaurantes aderentes. em todas as freguesias do concelho. Pode consultar a lista completa dos espaços e as ementas no site do município de Palmela.
Os fins de semana gastronómicos são promovidos pela Câmara Municipal de Palmela e pela Rota de Vinhos da Península de Setúbal e fazem parte do programa “Palmela, Experiências com Sabor”. Além da fogaça, já foram reveladas as datas dos próximos festivais: Enamorados (Fevereiro), queijo de Ovelha (Março/Abril), sopa caramela (Abril/Maio), coelho à moda de Palmela (Junho), fruta de Palmela (Julho), vinho de Palmela (Agosto/Setembro), petiscos (Outubro), arroz carolino do Sado (Outubro/Novembro) e Moscatel de Setúbal (Novembro/Dezembro).
Surpreendente em pratos principais ou realçada, na sua doçura, em sobremesas requintadas, a Fogaça de Palmela" mostra-se versátil e é presença incontornável nas mesas do concelho, em particular, nos momentos festivos, acompanhada de um cálice de Moscatel", realça a Câmara de Palmela.

A Fogaça e a devoção das gentes de Palmela 
A fogaça é o bolo típico de Palmela 
A história da Fogaça, um biscoito aromático, cujas receitas centenárias passam de geração em geração nas famílias palmelenses, está intimamente ligada à vivência das gentes da vila e à devoção a Santo Amaro.
No início do ano, a população confecionava fogaças com formas diversas, desde os animais domésticos à fruta produzida nos pomares da região, passando por membros e órgãos do corpo humano, com o propósito de pedir saúde e proteção das colheitas e animais.
Normalmente, a fogaça tem a forma das ameias do Castelo de Palmela, na parte superior, e a de um cacho de uvas na zona inferior, já que é este o símbolo da gastronomia da vila. Mas há dezenas de formatos. Segundo a tradição mais antiga, era costume a população preparar fogaças para oferecer a Santo Amaro.
No dia 15 de Janeiro, as pessoas transportavam os bolos dentro de cestos de verga e panos bordados para a Igreja Paroquial, onde eram benzidas pelo padre. Cada formato de fogaça correspondia a uma promessa feita ao Santo Amaro, por exemplo, um pé, braço, coração, cacho de uvas, entre outros. Depois de benzidas, as fogaças eram leiloadas e as receitas doadas à Igreja. O resto dos biscoitos eram levados pelas famílias para as suas casas.


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