Moita apela ao reforço dos cuidados de autoproteção na quadra de Natal

Proteção Civil preocupada com o aumento dos contágios e com o "baixar das guardas" no Natal 

Com a pandemia a alastrar no concelho da Moita - que entrou esta semana em estado de risco de contágio muito elevado, com 511 pessoas infetadas por 100 mil habitantes - a Comissão Municipal de Proteção Civil da Moita reuniu e  apela ao "reforço dos cuidados de autoproteção na quadra de Natal". Segundo nota da Câmara da Moita, enviada à ADN-Agência de Notícias, "apesar de, na sua generalidade, as regras estarem a ser cumpridas pela maior parte da população, continua a notar-se a existência de falsa sensação de segurança sentida pelos cidadãos em momentos de reencontros familiares e de amigos, resultando na diminuição nos cuidados e alguma permissividade nos comportamentos de segurança". A Direção-Geral de Saúde sugeriu, esta semana, "visitas rápidas no quintal" com uma troca simbólica de presentes de Natal, "como compotas". Tudo para que os portugueses passarem o Natal em família e em segurança.
Natal deve ser celebrado em segurança 
Todas as entidades que integram esta Comissão fizeram o ponto de situação das suas áreas de intervenção, no que respeita aos efeitos da pandemia no concelho e ao facto de, atualmente, se assistir "a um aumento de número de casos positivos detetados diariamente", no concelho, que agora é um dos quatro municípios do distrito de Setúbal em risco muito elevado de contágio. Tem atualmente 511 infetados por 100 mil pessoas. Segundo nota da Câmara da Moita, enviada à ADN-Agência de Notícias, "apesar de, na sua generalidade, as regras estarem a ser cumpridas pela maior parte da população, continua a notar-se a existência de falsa sensação de segurança sentida pelos cidadãos em momentos de reencontros familiares e de amigos, resultando na diminuição nos cuidados de autoproteção e alguma permissividade nos comportamentos de segurança, o que implica, necessariamente, uma maior facilidade de transmissão e disseminação da covid-19". 
Foi também acentuada pelos presentes a "necessidade da manutenção do distanciamento físico, sobretudo em espaços fechados, com várias pessoas, onde se permaneça mais do que breves minutos".  Foram também vincadas a "necessidade de utilização de máscara e a frequente higienização das mãos, como medidas de autoproteção essenciais em todos os locais, interiores ou exteriores, onde as pessoas se encontrem com outras não coabitantes, independentemente do seu vínculo familiar, de trabalho ou outro", conta o comunicado. 

Apelo à manutenção e reforço dos cuidados no Natal 
Moita quer uma quadra festiva com "muita segurança" 
A Comissão manifestou-se também preocupada com as taxas de ocupação dos hospitais, tanto da região, como das regiões circundantes e de todo o país, bem como com a aproximação das festividades de Natal e Ano Novo, em que se "preveem reuniões familiares e de amigos alargadas" e a "previsão de relaxamento na adoção das medidas de autoproteção". 
Assim, a Comissão continua a acentuar a "recomendação aos munícipes quanto à manutenção e reforço dos cuidados de autoproteção, nomeadamente o distanciamento físico com elementos não coabitantes, a lavagem frequente das mãos, a etiqueta respiratória e a correta utilização das máscaras, visto que são eles que, juntamente com a vigilância ativa de casos positivos e a deteção precoce de possíveis focos de infeção, poderão permitir baixar o número de casos ativos no concelho". 
Recorde-se que a Direção-Geral de Saúde atualizou o nível de risco do Concelho da Moita para “Muito Elevado”, com medidas agravadas a partir do dia 23 de Dezembro, situação que "todos esperamos possa vir a alterar-se brevemente, se todos cumprirem as regras de proteção adequadas", sublinha o documento da Câmara da Moita. Almada, Montijo e Barreiro [todos com mais de 500 infetados por 100 mil habitantes] são os municípios do distrito em risco "muito elevado" e, por isso, com medidas mais restritas aos fins de semana a partir das 13 horas onde não poderão abrir restaurantes, cafés, comércio e as grandes superfícies. 
Direção-Geral da Saúde sublinha que na época natalícia é "preciso planear com cuidado" os encontros familiares. O subdiretor-geral da Saúde, Rui Portugal, aconselha cautelas para que o país não sofra um retrocesso na situação pandémica.
Rui Portugal aconselha cautela para "honrar o que, neste momento, está a suceder em Portugal": uma curva descendente no número de casos.
O Governo vai reavaliar as regras para o Natal e para a passagem de ano a 18 de dezembro. O primeiro-ministro, António Costa, anunciou que, se os números da pandemia não se agravarem, as restrições vão ser aliviadas por altura do Natal.

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