Utentes pedem obras no terminal fluvial do Barreiro

Obras de fundo arrancam em Janeiro de 2021 e não afetam a circulação fluvial 

A Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Barreiro pediu à Soflusa que realize com urgência obras na cobertura do terminal fluvial, danificada há meses, mas a empresa informou que a reabilitação da estrutura começa no início de 2021. Antonieta Fortunato, da comissão, contou nesta terça-feira, que os danos na cobertura do terminal fluvial do Barreiro, "obrigam os passageiros a ficar à chuva e ao vento, uma situação que se agrava com a chegada do inverno". De acordo com a empresa, a obra que arranca em Janeiro e custam mais de um milhão de euros e, garante a Soflusa, "não vai influenciar a operação fluvial". Estão previstas, entre outras, intervenções ao nível da cobertura, estruturas de apoio e proteção e iluminação de todo o terminal. 
Terminal vai ser totalmente reformulado em 2021 

“Dada a situação pandémica, a chegada do mau tempo e do inverno, o normalizar do fluxo dos utentes para o trabalho, para a escola e para a sua vida, a Comissão de Utentes do Barreiro enviou um mail na tentativa de perceber o que está a ser feito para resolver esta questão de máxima urgência e que já não é nova”, disse.
Antonieta Fortunato referiu que a comissão levou o assunto à Assembleia Municipal no dia 23 de Setembro e que na segunda-feira foi enviado um mail ao Conselho de Administração da empresa, mas, entretanto, “nada foi resolvido”.
Contactada pela Lusa, a Soflusa, que assegura as ligações fluviais entre o Barreiro e o Terreiro do Paço, em Lisboa, adianta numa nota escrita que o terminal – inaugurado em 1995 – vai receber a sua primeira grande obra de reabilitação a partir de Janeiro de 2021.
De acordo com a empresa, a cobertura do terminal fluvial do Barreiro, que já apresentava alguns sinais de deterioração, “foi irremediavelmente abalada pelas tempestades que assolaram o país em Dezembro de 2019 e em janeiro de 2020, tendo a Proteção Civil determinado o seu desmantelamento por questões de segurança”.
Nesse sentido, a empresa “desenvolveu um levantamento do risco de segurança da instalação que obrigou a que fossem retiradas todas as estruturas que pudessem causar qualquer risco para os passageiros, garantindo, desta forma, a segurança dos passageiros no terminal, ainda que degradando, significativamente, o seu conforto”.
Após esse procedimento de urgência, foi efetuado um levantamento detalhado das necessidades de intervenção no terminal, bem como o projeto e as especificações técnicas para a sua reparação.
“Considerando o elevado montante estimado para o investimento em causa, cujo valor total ascende a um milhão e 200 mil euros, foi obrigatório lançar um concurso público para a realização da empreitada. O financiamento desta grande empreitada de reabilitação foi assegurado pelo Programa de Estabilização Económica e Financeira, aprovado pelo Governo, sobre a execução de diversas intervenções dirigidas à operação da Soflusa”, é referido.

Obras arrancam em Janeiro e não afeta a operação fluvial 
Obras começam em Janeiro sem influencia na circulação 
As obras de reabilitação começam no início de Janeiro do próximo ano, estando previstas, entre outras, intervenções ao nível da cobertura, estruturas de apoio e proteção, e iluminação de todo o terminal, incluindo, além do átrio, os espaços públicos e as salas de embarque, as bilheteiras e demais instalações de apoio à operação fluvial. O prazo estimado de execução é de 120 dias, após a adjudicação.
“Para o efeito, a Soflusa lançou no passado dia 5 de Novembro o concurso público para aquisição de empreitada de renovação das instalações do terminal fluvial do Barreiro (…), a qual permitirá dar resposta às necessidades mais urgentes da importante infraestrutura que acolhe a ligação fluvial Barreiro – Terreiro do Paço”, é sublinhado.
A empresa adianta ainda que a realização da obra não "vai influenciar a operação fluvial", não estando previstas quaisquer alterações de serviço na ligação fluvial.
A Soflusa está igualmente a estudar a hipótese de instalar uma cobertura provisória nas salas de embarque, a fim de melhorar as atuais condições de conforto.
“Uma vez concluída a obra, os cerca de 20 mil passageiros que diariamente viajam na ligação fluvial do Barreiro usufruirão de um terminal adequado às suas reais necessidades, mais confortável, seguro e moderno”, salienta ainda a empresa.

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