Grupo AFA avança para projeto imobiliário no Cais do Ginjal
O Grupo AFA anunciou que obteve aprovação para um investimento imobiliário em Almada. A autarquia aprovou em reunião de Câmara, “o plano de pormenor Cais do Ginjal que visa a intervenção e reabilitação profunda daquela área de Almada, num projeto conjunto com o Grupo AFA”, acrescentou a empresa. A obra inclui a “construção de um complexo de habitação com cerca de 300 fogos, várias frações de comércio e serviços, um hotel com 160 quartos, equipamentos sociais e ainda um estacionamento com 500 lugares”, diz o comunicado da empresa.Ginjal irá ter nova centralidade em breve |
Casas, lojas, jardins, espaços culturais, restaurantes e hotéis, beneficiando daquela que é talvez a melhor vista panorâmica sobre Lisboa. Este é o projeto para transformar a degradada zona ribeirinha do Cais do Ginjal, em Cacilhas.
“A parceria com o Grupo AFA, consubstanciada pela aprovação do plano de pormenor Cais do Ginjal, foi a solução encontrada pela Câmara de Almada para travar o problema de degradação progressiva do Cais do Ginjal e concretizar o projeto de revitalização profunda da zona ribeirinha com cerca de um quilómetro de frente conhecida como a “porta de entrada fluvial de Almada”, sublinha o grupo AFA.
O grupo empresarial será responsável por “toda a regeneração da zona ribeirinha com aprovação para mais de 90 mil m2 de área bruta de construção”.
Ginjal irá ter uma nova vida
O grupo empresarial será responsável por “toda a regeneração da zona ribeirinha com aprovação para mais de 90 mil m2 de área bruta de construção”.
A empresa acrescenta que “a zona será alvo de intervenção para construção de um complexo de habitação com cerca de 300 fogos, várias frações de comércio e serviços, um hotel com 160 quartos, equipamentos sociais e ainda um estacionamento com 500 lugares”.
O Grupo AFA diz que este projeto passa por tornar “o território abandonado do Ginjal num ícone do distrito de Setúbal e isso requer um investimento de 300 milhões de euros e uma duração de cerca de oito anos”.
O Grupo AFA diz que este projeto passa por tornar “o território abandonado do Ginjal num ícone do distrito de Setúbal e isso requer um investimento de 300 milhões de euros e uma duração de cerca de oito anos”.
Após anos de abandono nasce uma nova Cacilhas |
Em concreto, a requalificação prevê a criação de uma praia e jardim do Ginjal, de um miradouro ao cimo da Rua Trindade Coelho, a construção de um silo automóvel com 500 lugares para acolher os fãs do futuro Ginjal, a instalação da Escola Internacional das Artes na antiga Fábrica de Óleo de Fígado de Bacalhau e do Centro de Indústrias Criativas do Ginjal, e a relocalização da Casa da Juventude e do Centro Paroquial de Almada. Ainda na manga do projeto estão atividades económicas ligadas ao património e ao turismo, espaços culturais, espaços de restauração e promoção da habitação para os mais jovens.
O projeto é ambicioso e tem como objetivo dar uma nova cara à zona ribeirinha banhada pelo Tejo. A proposta de requalificação daquela zona começou a ser pensada em 2009. Mas apenas foi retomada em 2017: em Julho desse ano a autarquia apresentou a primeira proposta da requalificação. O novo executivo socialista avançou com o projeto em 2018.
Parte do projeto assenta na transformação de antigos armazéns industriais em mais de 300 fogos de habitação, um hotel e num parque de estacionamento com espaço para 500 lugares. Planos que não estão isentos de críticas. "Apelidar de ‘regeneração’ e ‘qualificação’ a algo que se resume a, basicamente, construir em todo o lado onde houver espaço vago neste cais que é hoje de memórias e memoriais à era industrial, é teatro do absurdo", escreveu em Janeiro no Público Paulo Ferrero, fundador do Fórum Cidadania Lx.
O senhor Paulo Ferrero que apelidou o projecto para o Cais do Ginjal como de ‘teatro do absurdo’ sabe que o volume de construção aprovado em sede de Plano de Pormenor é igual, nem mais nem menos, ao volume actualmente existente de armazéns em ruína? Não deve saber... logo fala de algo que desconhece; se sabe... ainda é mais grave.
ResponderEliminarMas para sermos sérios: se acharmos que é fundamental manter a memória e os memoriais da era industrial, para citar, então que, do erário público, se exproprie o grupo AFA e se deixe tudo como está. O senhor Paulo Ferrero está disposto a contribuir com quanto?