Casa de Água do Cabo Espichel festejou 250 anos

Autarquia apresentou os trabalhos que visam a recuperação do aqueduto

Os 250 anos da construção da Casa da Água e do aqueduto que abastecia o Cabo Espichel, a partir da Azoia, foram assinalados pela Câmara de Sesimbra, com a apresentação dos trabalhos complementares na envolvente à Casa da Água e Cercado da Horta, e da recuperação do aqueduto. A iniciativa contou com a presença do presidente da Câmara de Sesimbra, Francisco Jesus, bem como de técnicos da autarquia e de representantes de várias entidades que têm acompanhado os trabalhos de restauro. Francisco Jesus lembrou o trabalho feito pela autarquia nos últimos anos ao nível da recuperação e valorização do património, “que tem em conta não apenas a perspetiva de atração turística, mas também a sua importância e representatividade na memória de todos os sesimbrenses”, sublinhou o presidente do município.
Casa da água é património cultural 



"Apesar das circunstâncias atuais era importante assinalarmos esta efeméride, com esta, mas também com outros momentos que podem acontecer durante os próximos meses", sublinhou o presidente da autarquia. 
A este propósito deu conta do lançamento do concurso para a reabilitação da Ala Norte e parte da Ala Sul do Santuário, que deveria acontecer no dia 28, mas que, por motivos de agenda do presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, será realizado noutra data.
Francisco Jesus lembrou ainda o trabalho feito pela autarquia nos últimos anos ao nível da recuperação e valorização do património, "que tem em conta, não apenas a perspetiva de atração turística, mas também a sua importância e representatividade na memória de todos os sesimbrenses", referiu o autarca.
A finalizar, destacou o papel decisivo do anterior presidente da autarquia, Augusto Pólvora, na recuperação do património do concelho, e no caso particular, no processo de requalificação do Santuário, dos quais é exemplo as requalificações da Fortaleza de Santiago, do Castelo de Sesimbra, da Casa do Bispo ou da Capela de São Sebastião, cuja obra já foi adjudicada. O autarca destacou ainda o papel do falecido Augusto Pólvora, antigo presidente do município, na missão de recuperar o património.
Para além do presidente da autarquia intervieram Rui Marques, técnico da área da cultura, e Armindo Pombo, arquiteto responsável pelos projetos de recuperação da Casa da Água, Cercado da Horta e aqueduto, que falaram da importância destas construções no culto a Nossa Senhora do Cabo Espichel, e das técnicas e materiais utilizados nas intervenções realizadas, e em curso.
O programa incluiu um momento musical com animação de época, com a participação de duas cantoras, acompanhadas à guitarra.
De referir que esta apresentação integrou as comemorações da Festa de Nossa Senhora do Cabo Espichel, que se realiza há mais de 600 anos, no final de Setembro, mas que este ano, devido à covid-19, foi assinalada apenas com uma missa ao ar livre, no dia 27 de Setembro.

A história da Casa da Água
Mandada edificar pelo rei D. José, em 1770, a Casa da Água, de traçado classicista e cortesão, apresenta uma planta hexagonal, com cunhais apilastrados marcando as seis faces e uma única porta.
O edifício, totalmente recuperado pela Câmara Municipal, em 2017, é coberto por cúpula de seis panos em meia-laranja exteriormente revestida a azulejos brancos e rematada por zimbório de seis ventanas. 
No interior, de chão lajeado formando um hexágono, ao centro e baquetas corridas ao longo das paredes estucadas, admira-se a fonte rocaille em pedra lioz com o seu belíssimo mascarão representando um leão de juba revolta, de onde jorrava a água trazida pelo aqueduto. 
Os silhazes de azulejos sobre a bancada representam fantasiosas cenas cortesãs e de caça.

Agência de Notícias com Câmara de Sesimbra

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