Carlos Sousa apresentou candidatura à Câmara de Palmela

Candidato independente quer uma autarquia desburocratizada em que os investidores queiram apostar

O ex-autarca do PCP, Carlos Sousa, apresentou no final na semana passada a candidatura como independente à presidência da Câmara de Palmela nas eleições autárquicas de 2021, numa cerimónia em que participaram mais de 150 pessoas.  O agora candidato referiu a "necessidade de uma aposta clara no desenvolvimento económico e sustentável do concelho de Palmela". Carlos de Sousa já foi presidente da Câmara de Palmela de 1994 a 2001, eleito pela CDU. Em 2001 saiu para a Câmara de Setúbal onde foi presidente até 2006, tendo renunciado ao cargo, em rota de colisão com o PCP. O ataque à abstenção eleitoral, conquistar o voto do eleitorado insatisfeito e mobilizar o eleitorado mais jovem são as "bandeiras eleitorais" do candidato à autarquia que é gerida pelos comunistas desde que há democracia. Ana Sofia Ferreira da Costa é a candidata à Assembleia Municipal. Para as juntas de freguesia concorrem Orlanda Barrocas (Palmela), Maria Adelaide Reis (Pinhal Novo), Vanessa Contente (Quinta do Anjo) e Liliana  Marujo (Poceirão/Marateca).
Eleições para as autarquias serão em Setembro ou Outubro 

"Foi a perceção que me transmitiram de que o concelho estava a seguir um mau caminho e sem visão estratégica, que nos levou a tomar a decisão [de apresentar uma candidatura às próximas eleições autárquicas em Palmela]", disse o cabeça-de-lista do movimento independente Cidadãos pelo Concelho de Palmela.
Perante os muitos apoiantes que marcaram presença no Cineteatro São João, em Palmela, no primeiro ato público da candidatura  - todos de máscara e separados por um lugar desocupado, devido às restrições decorrentes da pandemia covid-19 -, Carlos Sousa prometeu reger-se pelos valores do trabalho, transparência, ética e bom senso na governação, como consta do manifesto do movimento.
Ex-presidente do município de Palmela (1994/2001), Carlos Sousa, de 69 anos, também foi presidente da Câmara de Setúbal (2001/2006), tendo renunciado ao cargo, em rota de colisão com os comunistas. Dois anos depois, em 2008, deixou também de ser filiado no PCP.
Entre as muitas prioridades que enunciou na primeira intervenção pública da candidatura como independente, Carlos de Sousa referiu a necessidade de uma aposta clara no desenvolvimento económico e sustentável do concelho de Palmela. 
Apesar de ter sido convidado várias vezes para integrar listas aos órgãos autárquicos depois de ter saído da câmara de Setúbal, em 2006, só agora sente “que está na altura de voltar à política” porque “enquanto cidadão de Palmela não me sinto representado pela atual gestão”. Um sentimento que diz ser partilhado por muitos concidadãos do concelho.
Diz que a seu favor tem não só o descontentamento dos palmelenses face à atual gestão, mas também a experiência adquirida e o facto de que “as pessoas sabem como sou. Ao apresentar-me como candidato não vou enganar ninguém porque as pessoas me conhecem”. Afinal foram "12 anos enquanto autarca em Palmela, primeiro como vereador depois como presidente", disse o candidato. 

Desenvolvimento Urbanístico no centro das prioridades 
Os cabeças de lista que o acompanham aos vários órgãos autárquicos "não têm experiência política, mas são pessoas com muito valor e conhecimento da realidade local. No poder autárquico, mais que em qualquer outro, vale mais a forma de fazer, de ser e de estar do que os partidos políticos", disse Carlos Sousa. Por isso se rodeou de pessoas conhecidas em cada uma das freguesias para conquistar a câmara municipal.
Nesse sentido, Carlos Sousa promete assumir um pelouro fundamental, o Desenvolvimento Urbanístico, no caso de se sagrar vencedor das próximas eleições autárquicas no concelho de Palmela.
Na apresentação da candidatura, Carlos de Sousa começou por dizer que iria falar apenas das suas propostas, mas não resistiu e acabou por fazer duras críticas à atual gestão do município palmelense. Isto, porque como disse o candidato, “a dinâmica da economia de um concelho assenta muito na capacidade que a autarquia tem de responder de forma célere aos pedidos que são feitos nessa área” e Carlos Sousa quer uma autarquia desburocratizada em que os investidores queiram apostar por saberem que as respostas “não demoram anos. Seja sim ou não. O importante é que a resposta seja dada de forma célere”.
A perda de quadros técnicos para outros municípios e a ausência de uma visão estratégica para o desenvolvimento do concelho, foram apenas algumas das críticas que fez ao atual presidente da Câmara de Palmela, Álvaro Amaro (CDU).

Candidato apresenta candidatas às juntas de freguesia 
O combate à abstenção é outro dos propósitos da candidatura de Carlos de Sousa. “Nas últimas eleições registou-se 56,5 por cento de abstenção, a mais alta alguma vez verificada, tirando a europeias que é outra coisa. São muitas pessoas que não votaram e nós queremos fazer-lhes ver que somos uma alternativa credível, inovadora e com provas dadas”, sublinha Carlos Sousa.
O movimento Cidadãos pelo Concelho de Palmela foi constituído há cerca de um ano tendo com o propósito inicial as eleições autárquicas de Outubro de 2021.
Os cabeças de lista para os principais órgãos de gestão autárquica, para além de Carlos Sousa (Câmara Municipal) e Ana Sofia Ferreira da Costa (Assembleia Municipal), são, para as Assembleias de Freguesia, Orlanda Barrocas (Palmela), Maria Adelaide Reis (Pinhal Novo), Vanessa Alexandra Contente (Quinta do Anjo) e Liliana Alexandra Marujo (Poceirão/Marateca).
Nas linhas essenciais do manifesto divulgado pelo do grupo destaca-se “a convição de que será feito mais e melhor do que a atual força política que governa o Concelho de Palmela. “Temos uma visão estratégica de desenvolvimento integrado para o conjunto do nosso território, no respeito pela sua riqueza e diversidades, necessidades e potencialidades”, conclui o Movimento liderado por Carlos Sousa. 

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