Bombeiros do Distrito contestam exclusão de subsídio de risco

24 corporações do distrito de Setúbal criticam medida do Orçamento de Estado 

A Federação dos Bombeiros do distrito de Setúbal contestou , esta quinta-feira, a exclusão na atribuição do subsídio extraordinário de risco, considerando tratar-se de mais "uma machadada" aos bombeiros que estão na linha da frente no combate à covid-19. A medida de atribuição de um subsídio extraordinário de risco está prevista no Orçamento do Estado para 2021 e destina-se aos trabalhadores integrados no combate à pandemia de covid-19, sendo extensível aos trabalhadores do Instituto Nacional de Emergência Médica.
Bombeiros querem subsídio de risco 

"Esta é uma situação muito desagradável, pois os bombeiros portugueses, além de continuarem a dar uma resposta exemplar à sua missão de proteção e socorro das populações, têm estado na linha da frente, em conjunto com outras entidades, no combate à covid-19", refere a federação, em comunicado.
A estrutura, que representa 24 corporações de bombeiros em todo o distrito de Setúbal, oito delas nos cinco concelhos do litoral alentejano, diz que não pode aceitar esta postura.
"Não podemos aceitar esta atitude de total falta de consideração e respeito que mais uma vez é demonstrada para com os bombeiros, principais agentes de proteção civil do país, responsáveis pela grande maioria da resposta ao socorro e ao transporte de doentes em Portugal", sustentam os bombeiros do distrito de Setúbal. 
No entender da federação, esta é "mais uma machadada" aos bombeiros portugueses, à qual se junta "a falta de financiamento, de apoio ao investimento em novos equipamentos, benefícios sociais de apoio ao voluntariado, a revisão do protocolo com o INEM e do preço do quilómetro praticado".
É feito ainda um alerta para a "queda de receita e aumento da despesa" que as associações "estão a enfrentar desde o início da pandemia de covid-19".
A federação refere que irá solicitar, com caráter de urgência, explicações à tutela, com o objetivo de "ajudar a que a situação seja revertida e que seja orçamentado o valor necessário a transferir para as associações, com vista a ser atribuído o subsídio de risco ao bombeiros portugueses".
A proposta de Orçamento do Estado foi entregue na segunda-feira no parlamento, sendo votada na generalidade no próximo dia 28 de Outubro.


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