Barreiro quer terceira travessia sobre o Tejo

Autarca diz que “este é o momento” para estudar a ligação Barreiro Chelas 

O presidente da Câmara do Barreiro defendeu esta quarta-feira que “este é o momento” para se começar a aprofundar os estudos sobre como “operacionalizar” a terceira travessia sobre o Tejo, uma “obra estrutural para o país”, sublinhou Frederico Rosa.  “Este é o momento de olhar para o projeto e aprofundar os estudos para perceber como é que se pode fazer e operacionalizar esta ligação entre o Barreiro e Lisboa que há tantos anos é mencionada”, disse o autarca. A notícia surge em que o plano de construção de uma terceira ponte no Tejo, em Lisboa, está a ser analisado pelo Governo e deverá constar do Programa Nacional de Investimentos de 2030. No entanto, o primeiro-ministro, António Costa, quer apenas ligação ferroviária entre as duas margens do Tejo. 
Autarca defende nova ponte sob o Tejo 

O autarca falava um dia depois de a presidente do Conselho Superior de Obras Públicas, Natércia Cabral, ter defendido no parlamento a necessidade de uma nova ponte para “melhorar as ligações margem sul/margem norte”, avançou a TSF, na terça-feira.
Segundo a mesma notícia, esta terceira travessia, com um corredor ainda por definir, pode ser mista, mas deve ter como prioridade a ferrovia.
“Diria que é uma obra estrutural para o país e é importante a referência à ferrovia, porque é fundamental para melhorar a circulação de passageiros, fomentar o transporte público e também a circulação de mercadorias”, apontou.
Já em relação à melhor localização para a nova infraestrutura, o autarca do Barreiro defendeu o “traçado que está proposto para a terceira travessia sobre o Tejo, um canal que já está há muito tempo traçado e estabilizado, entre o Barreiro e Lisboa, na zona de Chelas”.
“Sabendo agora do plano de recuperação e resiliência, sabendo que é uma obra estrutural para todo o país, eu concordo com o que a senhora presidente disse, de que esta é a altura de se aprofundar os estudos. A nova ponte é o elo que falta para tudo ser mais rápido e eficiente”, concluiu Frederico Rosa. 

Primeiro-ministro quer apenas ponte ferroviária
O plano de construção de uma terceira ponte no Tejo, em Lisboa, está a ser analisado pelo Governo e deverá constar do Programa Nacional de Investimentos de 2030. 
Sem adiantar qualquer detalhe, nem confirmar um novo investimento, o primeiro-ministro António Costa abriu no final do mês passado as portas a esta possibilidade ao mencionar, "a prioridade na mobilidade", bem como a "aposta num cluster ferroviário".
Segundo o Correio da Manhã, esta "prioridade" está assente num investimento no valor de 975 milhões de euros até 2026, dos quais 15,3 mil milhões de euros serão provenientes de subvenções europeias. Contudo, nesta matéria o primeiro-ministro sublinhou: "Não utilizaremos a parte relativa aos empréstimos, enquanto a situação financeira do país não o permitir". 
O principal objetivo do projeto da ponte, adianta a publicação, passa por uma travessia exclusivamente ferroviária, que suporte a mobilidade dos passageiros do aeroporto do Montijo, no entanto não está para já previsto um valor concreto nem uma data para a sua construção, uma vez que apenas se encontra em fase de estudos.
Recorde-se que esta construção já tinha sido apresentada inicialmente no Governo de José Sócrates, há cerca de 12 anos, em 2008. Contudo aqui a ideia seria contruir uma ponte ferroviária e rodoviária, que faria a ligação entre Chelas e Barreiro, mas não passou disso mesmo, uma ideia que ficou na gaveta em função da conjuntura económica vivida na altura.

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