Almada avança com requalificação do Largo de Cacilhas

Autarquia investe 2,5 milhões para dar nova mobilidade à  zona e musealizar Salgas Romanas 

A Câmara de Almada aprovou a adjudicação da empreitada de requalificação do largo de Cacilhas, que inclui a criação de um museu na antiga fábrica romana de salga de peixe. O objetivo é criar um circuito turístico à beira-Tejo, dotando Cacilhas de um polo museológico que integra também a Fragata D. Fernando II e Glória e o submarino Barracuda, de forma a “promover a fruição da zona ribeirinha e potenciar a dinamização da economia local”, conta a autarquia. Com um prazo estimado de 300 dias, [deverá estar concluída no final do verão de 2021] e será um investimento de 2,5 milhões de euros. Quanto à salga romana de Cacilhas (classificada como Imóvel de Interesse Público), será alvo de musealização. 
Largo de Cacilhas vai ter "cara nova" em 2021 

Esta requalificação urbana, diz a autarquia em comunicado, "pretende introduzir uma nova lógica na organização da rede viária e de fluxos pedonais. O objetivo é contribuir para uma utilização segura e cómoda dos transportes públicos, valorizar a fruição do rio Tejo e das paisagens panorâmicas, desde a baía do Seixal ao perfil recortado pelos casarios de Lisboa, potenciando a dinamização da economia local", 
A intervenção abrange o Largo de Cacilhas e os espaços delimitados pelos edifícios particulares e os edifícios das estações terminais fluvial e do Metro Sul do Tejo. Inclui ainda o primeiro troço da Avenida Aliança Povo M.F.A., compreendido entre o Largo e a rotunda no final da Avenida 25 de Abril.
"O projeto de execução contempla a execução de novos pavimentos rodoviários e viários, novas ligações para as infraestruturas de iluminação pública, abastecimento de águas, combate a incêndios, drenagens pluviais e domésticas, equipamentos, mobiliário urbano, deslocalização do quiosque e das instalações sanitárias públicas e a redefinição de um novo paisagismo", explica a Câmara de Almada. 
Além da reconfiguração da rotunda para se adaptar ao novo sentido de circulação, está prevista a modelação dos passeios e espaços de permanência com pendentes suaves e ligações entre planos, através de rampas muito discretas. Os revestimentos de passeios e espaços de permanência privilegiarão a acessibilidade para todos. 
"Serão também otimizados os recursos no que diz respeito à iluminação pública, assim como aos materiais e ao equipamento previstos com vista à redução do desperdício", salienta a autarquia liderada por Inês de Medeiros. 

Musealização das Salgas Romanas
A intervenção proposta prevê, explica a Câmara de Almada, "a musealização das Cetárias (tanques) Romanas, colocando a descoberto parte do núcleo arqueológico de Cetárias da Fábrica Romana de Salgas de Cacilhas, através da criação de dois poços que permitam a leitura (devidamente protegida) de dois conjuntos de cetárias existentes e da sua estrutura, e a sinalização das restantes cetárias existentes". 
Construída e utilizada entre o século I a. C. e o século I d. C., esta fábrica romana destinava-se à salga de peixe junto ao estuário do rio Tejo. Descoberta em 1981, a Fábrica Romana das Salgas de Cacilhas foi classificada como Imóvel de Interesse Público em 1992.
Cerca de 2,5 milhões de euros é quanto será investido pelo município na a empreitada de obra pública Cacilhas-Tejo – visualização das Salgas Romanas e qualificação do circuito turístico do Tejo. A execução tem um prazo estimado de 300 dias.

Agência de Notícias com Câmara de Almada 

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