Pinhal Novo vai ter recolha de lixo porta a porta

Medida já está a ser implementada na Vila Serena e no Bairro Lencastre

A primeira fase do projeto piloto de recolha de resíduos porta a porta já está a ser implementada, na urbanização Vila Serena e no Bairro Lencastre, em Pinhal Novo, abrangendo 300 moradias. A família Gomes, de Vila Serena, uma das participantes, recebeu os respetivos contentores num ato simbólico que serviu também para fazer a apresentação pública do projeto.  Álvaro Amaro lembrou que Palmela tem "um território extenso, com uma enorme dispersão" e, por isso, a recolha dos resíduos indiferenciados é, para o município, "um desafio enorme". Para superá-lo da melhor forma, é necessário, por um lado, sensibilizar os cidadãos "para a mudança de comportamentos", diz o presidente da Câmara de Palmela que ainda este ano quer levar esse conceito ao bairro do Padre Nabeto, em Aires e à urbanização Portais da Arrábida, em Quinta do Anjo.
Recolha porta a porta já arrancou mas só em dois bairros 

A distribuição de contentores e informação às famílias, com a colaboração da Biorumo, teve início no dia 6 de Julho. Cada agregado familiar recebe três contentores de 120 litros: cinzento para a deposição de resíduos indiferenciados, amarelo para embalagens plásticas e metálicas e azul para cartão e papel. O vidro continuará a ser colocado nos vidrões existentes na via pública, para evitar os incómodos causados pelo ruído que a recolha deste resíduo provoca.
"A recolha através deste novo método inicia-se a 20 de Julho, à porta das habitações, em dias pré-marcados, com vantagens para as/os moradores, que não terão de se deslocar. Os benefícios são também para o espaço público, já que os contentores comunitários e as respetivas gares vão ser retirados, libertando os passeios para os peões e evitando situações de deposição indevida de resíduos", explica a Câmara de Palmela em nota enviada à ADN-Agência de Notícias.
O projeto tem já prevista uma segunda fase, que arranca no último trimestre deste ano, abrangendo mais 600 moradias do Bairro Padre Nabeto, em Aires, e na urbanização Portais da Arrábida, em Quinta do Anjo. O investimento municipal, que é significativamente mais elevado que no sistema de recolha comunitária, será, diz a autarquia, "compensado pelos benefícios para todas as partes envolvidas: as famílias, o Município de Palmela e a Amarsul. Prevê-se, depois, o alargamento faseado a outros núcleos urbanos do concelho".

Benefícios para famílias e ambiente 
Para o casal Rosa e Agostinho Gomes e as três filhas, que deram rosto a este novo projeto, "as expetativas são as melhores". Todos consideram que este é "um incentivo para aumentar a reciclagem" e é também importante por "dar mais responsabilidade às pessoas".
O presidente do município, Álvaro Amaro, deixou-lhes um agradecimento e mostrou-se "muito entusiasmado com a adesão" por parte das famílias.
Álvaro Amaro lembrou que Palmela tem "um território extenso, com uma enorme dispersão" e, por isso, a recolha dos resíduos indiferenciados é, para o município, "um desafio enorme". Para superá-lo da melhor forma, é necessário, por um lado, sensibilizar os cidadãos "para a mudança de comportamentos e para se envolverem neste desígnio" e, por outro, "ousar experimentar todos os processos que existem". Por isso, acredita, este projeto "é fundamental", colocando os munícipes como "cogestores" dos resíduos que produzem.
A urbanização Vila Serena e o Bairro Lencastre foram escolhidos para a primeira fase por serem já "bairros consolidados, que permitem testar melhor este processo", mas o líder da Câmara de Palmela, não tem dúvidas de que "este é o caminho" e o objetivo é "estender este processo a muitas mais localidades e bairros do concelho".

Amarsul quer aumentar resíduos seletivos 
Sandra Silva, presidente da comissão executiva da Amarsul (entidade responsável pela recolha seletiva de resíduos na Península de Setúbal), mostrou-se "bastante satisfeita" por este "culminar de um processo de colaboração muito próximo entre a Amarsul e a Câmara de Palmela", que tem também como objetivo "aumentar a quantidade de resíduos entregues para recolha seletiva". 
A Amarsul tem como meta, até ao final de 2020, atingir os 45 kg de resíduos recolhidos por habitante e por ano. Este método de recolha porta a porta tem permitido atingir valores na ordem dos 65 quilos por  habitante por ano.
"Parabéns ao município por ter avançado com esta opção e que seja o início de um processo mais abrangente e com sucesso", desejou Sandra Silva.

Agência de Notícias com Câmara de Palmela 

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