Marta Temido diz que o caso não descredibiliza o SNS. Menino, diz a mãe, está a "surpreender" e a melhorar
“Não posso deixar de refutar algumas observações que foram feitas” por deputados na audição que referiam que “este caso mostra as fragilidades do Serviço Nacional de Saúde e que mina a confiança no Serviço Nacional de Saúde”, realçou.
“Esta infeliz circunstância mostra as fragilidades do modelo regulatório e há um conjunto de entidades que têm por obrigação melhorá-la e, portanto, essa é a principal lição que eu penso que vale a pena daqui retirar”, vincou Marta Temido.
Em resposta à deputada do PAN, Bibiana Cunha, sobre que responsabilidades o Governo assumia neste caso, Marta Temido disse não ter dúvidas que este é um caso que “responsabiliza a todos”.
“É um caso que responsabiliza a todos e do qual nenhum de nós está isento porque feriu-nos naquilo que é de mais profundo, naquilo que são as nossas as nossas convicções, a nossa confiança, naquilo que é o funcionamento normal da qualidade de determinados atos”, sublinhou.
Marta Temido frisou que “o único aspeto” que “ainda assim encoraja” é “o de saber que a família do Rodrigo e o Rodrigo, com o sofrimento que possam estar a passar, continuam a ser acompanhados pelo Hospital de Setúbal através dos seus serviços”.
“É uma situação que continuaremos de facto a apoiar na medida daquilo que são as nossas possibilidades”, rematou.
Médico já foi expulso pela Ordem
O obstetra Artur Carvalho foi punido com a pena máxima prevista nos Estatutos da Ordem dos Médicos, ou seja, a expulsão, mas o advogado do médico disse que iria recorrer da proposta de expulsão" do Conselho Disciplinar da Ordem dos Médicos.
O bebé Rodrigo nasceu em 7 de Outubro de 2019 no Hospital de São Bernardo, do Centro Hospitalar de Setúbal, com várias malformações graves, como falta de olhos, nariz e parte do crânio, sem que o médico Artur Carvalho, que realizou as ecografias de acompanhamento da gravidez, tivesse detetado ou sinalizado aos pais qualquer problema.
O obstetra que realizou as ecografias numa unidade privada, a Ecosado, tinha 14 queixas em averiguação na Ordem dos Médicos no final do ano passado.
O caso do bebé sem rosto levou logo à abertura de um inquérito por parte do Centro Hospitalar de Setúbal, para apurar se foram efetuados corretamente todos os procedimentos no parto do bebé.
O bebé nasceu há nove meses, depois de uma gravidez acompanhada pelo obstetra Artur Carvalho, que nunca comunicou aos pais quaisquer malformações no feto.
Com o caso de Rodrigo, ficou-se a saber que Artur Carvalho já tinha outras queixas e processos na Ordem dos Médicos. E a clínica onde foram realizadas as ecografias funcionava irregularmente.
“Não sei como é que isto é possível”, diz a mãe. Marlene e o pai de Rodrigo também apresentaram queixa no Ministério Público, mas não sabem em que fase está o processo. “Com a situação do país acho que parou”, adiantando que o advogado também pouco sabe.
O obstetra Artur Carvalho, envolvido no caso do bebé que nasceu com malformações graves no rosto e na cabeça, em Setúbal, aposentou-se no dia 1 de Julho, segundo avançou esta quarta-feira a ministra da Saúde. Enquanto funcionário do Serviço Nacional de Saúde, vínculo hierárquico que também detinha, o médico Artur Carvalho “foi aposentado este mês, independentemente dos processos que sobre si suscitam num conjunto de outras entidades”, afirmou Marta Temido na comissão parlamentar de Saúde, onde foi ouvida, a pedido do PAN, sobre este caso. A ministra lembrou que Artur Carvalho não atuou neste processo como médico do Serviço Nacional de Saúde, mas sim de uma entidade convencionada. “Que fique tudo bem” é o maior desejo da mãe do bebé Rodrigo, que nasceu há nove meses em Setúbal com graves malformações e que agora aguarda por mais uma cirurgia à cabeça.
Médico acompanhou gravidez e nunca detetou mal formações |
“Esta infeliz circunstância mostra as fragilidades do modelo regulatório e há um conjunto de entidades que têm por obrigação melhorá-la e, portanto, essa é a principal lição que eu penso que vale a pena daqui retirar”, vincou Marta Temido.
Em resposta à deputada do PAN, Bibiana Cunha, sobre que responsabilidades o Governo assumia neste caso, Marta Temido disse não ter dúvidas que este é um caso que “responsabiliza a todos”.
“É um caso que responsabiliza a todos e do qual nenhum de nós está isento porque feriu-nos naquilo que é de mais profundo, naquilo que são as nossas as nossas convicções, a nossa confiança, naquilo que é o funcionamento normal da qualidade de determinados atos”, sublinhou.
Marta Temido frisou que “o único aspeto” que “ainda assim encoraja” é “o de saber que a família do Rodrigo e o Rodrigo, com o sofrimento que possam estar a passar, continuam a ser acompanhados pelo Hospital de Setúbal através dos seus serviços”.
“É uma situação que continuaremos de facto a apoiar na medida daquilo que são as nossas possibilidades”, rematou.
Médico já foi expulso pela Ordem
O obstetra Artur Carvalho foi punido com a pena máxima prevista nos Estatutos da Ordem dos Médicos, ou seja, a expulsão, mas o advogado do médico disse que iria recorrer da proposta de expulsão" do Conselho Disciplinar da Ordem dos Médicos.
O bebé Rodrigo nasceu em 7 de Outubro de 2019 no Hospital de São Bernardo, do Centro Hospitalar de Setúbal, com várias malformações graves, como falta de olhos, nariz e parte do crânio, sem que o médico Artur Carvalho, que realizou as ecografias de acompanhamento da gravidez, tivesse detetado ou sinalizado aos pais qualquer problema.
O obstetra que realizou as ecografias numa unidade privada, a Ecosado, tinha 14 queixas em averiguação na Ordem dos Médicos no final do ano passado.
O caso do bebé sem rosto levou logo à abertura de um inquérito por parte do Centro Hospitalar de Setúbal, para apurar se foram efetuados corretamente todos os procedimentos no parto do bebé.
Menino está a surpreender e será operado em breve
Esta quarta-feira, a mãe do Rodrigo disse, numa entrevista à Rádio Renascença, que o filho “tem estado a surpreender”. De acordo com Marlene Simão, “para os problemas que tem, está com um desenvolvimento bastante bom”.
Ora, com nove meses o menino já “come a papa, come bem, parla, interage connosco e tenta-se virar, mas como a cabeça é muito pesada tem alguma dificuldade”, explicou a mãe do menino que adientou ainda, na mesma entrevista, que por causa da hidrocefalia, Rodrigo deverá ser operado em breve.
“A cirurgia é para a cabeça deixar de crescer tanto, para drenar o líquido que acumula no cérebro. O Rodrigo tem as más formações faciais e cerebrais, mas o resto do corpo está tudo bem”, explica a mãe.O bebé nasceu há nove meses, depois de uma gravidez acompanhada pelo obstetra Artur Carvalho, que nunca comunicou aos pais quaisquer malformações no feto.
Com o caso de Rodrigo, ficou-se a saber que Artur Carvalho já tinha outras queixas e processos na Ordem dos Médicos. E a clínica onde foram realizadas as ecografias funcionava irregularmente.
“Não sei como é que isto é possível”, diz a mãe. Marlene e o pai de Rodrigo também apresentaram queixa no Ministério Público, mas não sabem em que fase está o processo. “Com a situação do país acho que parou”, adiantando que o advogado também pouco sabe.
Na entrevista à Renascença, a mãe de Rodrigo só quer que cirurgia que se aproxima corra bem e o desenvolvimento de Rodrigo seja cada vez mais real. “Que ele continue a surpreender todos e que seja operado para ficar mais desenvolvido ainda”, deseja a mãe. “Que seja rápido e que fique tudo bem”, deseja a mãe do bebé.
Agência de Notícias com Lusa
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