Polícia dispersa jovens nas praias de Setúbal

Operação para intercede aglomerados de pessoas nas praias da Arrábida

A Autoridade Marítima Nacional anunciou este domingo a realização de uma operação de fiscalização noturna nas praias da Arrábida, no concelho de Setúbal, durante a qual dispersou ajuntamentos de jovens e resgatou um homem no ilhéu do Cambalhão. Em comunicado publicado na sua página da internet, a Autoridade Marítima Nacional explica que esta operação tinha como objetivo de “interceder diretamente junto de aglomerados de cidadãos que se concentravam nas praias da Arrábida”. O Presidente da República admite medidas mais restritivas para impedir aumento descontrolado do número de casos e travar ajuntamentos. 
Polícia Marítima atenta a abusos nas praias 

“Os elementos da Polícia Marítima detetaram dezenas de aglomerados de jovens que se concentravam nos areais, junto de rochedos e vegetação das praias da Arrábida, designadamente no Creio (Portinho da Arrábida), Coelhos, Galapinhos, Figueirinha e Albarquel, em convívio”, adianta a Autoridade Marítima Nacional.
A nota acrescenta que a Polícia Marítima de Setúbal “abordou os jovens no sentido de os sensibilizar para o cumprimento das regras” e que estes “acataram as indicações das autoridades e acabaram por dispersar”.
Entretanto, após o término desta operação a Polícia Marítima levou a cabo uma ação para localizar um homem que se encontrava encalhado no ilhote do Cambalhão, a bordo de uma embarcação de recreio.
Segundo a Autoridade Marítima Nacional, o homem foi localizado no areal do ilhote e tentava proteger-se do frio com toalhas de praia molhadas.
“O homem encontrava-se calmo e sem ferimentos, tendo sido transportado em segurança para a marina de Troia”, conclui a nota.

Marcelo admite “medidas mais duras” para travar contágios e ajuntamentos
Portugal continua sem conseguir travar o aumento de casos de infetados pelo novo coronavírus. O Presidente da República admite que as autoridades podem tomar “medidas mais duras” para impedir o descontrolo da pandemia e travar ajuntamentos de pessoas.
“Na medida em que for necessário, se for muito necessário, terá de se aplicar medidas proporcionais ao que é necessário”, começou por dizer Marcelo Rebelo de Sousa este domingo, em declarações transmitidas pela SIC Notícias.
“Estamos na fase de tentar persuadir, mas é evidente que se houver casos pontuais, específicos, em que haja necessidade de tomar medidas para determinadas localidades, freguesias ou áreas de freguesias, ou haja necessidade de tomar medidas mais duras em termos de intervenção das autoridades para impedir ajuntamentos e para responsabilizar por ajuntamentos, multiplicam-se as participações ao Ministério Público e aí as pessoas, jovens e não jovens, percebem que começam a ter um problema grave em cima dos seus ombros”, explicou.
De acordo com o último balanço da Direção-Geral de Saúde, foram confirmados mais 292 casos de coronavírus nas últimas 24 horas, com o número total a subir 0,75 por cento para 39.133 infetados. Lisboa e Vale do Tejo concentrou 77 por cento dos novos casos, mantendo-se como principal região onde o surto está mais ativo.
Esta segunda-feira há reunião do gabinete de crise da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, com todos os autarcas da área metropolitana e com o primeiro-ministro. Marcelo disse que apoiará as medidas que forem necessárias adotar para controlar o surto na região.
“Aquilo que o Governo entender, na base da posição dos autarcas e sobretudo do juízo das autoridades sanitárias sobre o que deve ser feito, eu acompanho atentamente isso ou posso apoiar aquilo que for necessário para impedir o descontrolo do processo que tem vindo a ser cuidadosamente controlado”, disse.
Nos últimos dias foram relatados casos de ajuntamentos de centenas de pessoas, na praia de Carcavelos, no Porto, Setúbal e em Braga, obrigando as forças de segurança a atuar e adotar medidas de dispersão.
Um dos casos mais problemáticos diz respeito a uma festa em Lagos, Algarve, com cerca de uma centena de pessoas, e que já registou 90 casos de covid-19, segundo as autoridades.

Agência de Notícias

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