Festival de Teatro de Almada com 17 espetáculos em Julho

"Não é o festival que gostávamos, mas é aquele que é possível fazer em contexto de pandemia" 

17 espetáculos preenchem a programação da 37.ª edição do Festival Internacional de Almada, a decorrer nesta cidade de 3 a 26 de Julho, disse à agência Lusa o diretor da anfitriã, a Companhia de Teatro de Almada. O diretor da companhia almadense, Rodrigo Francisco, acrescentou que o cartaz do certame deste ano apenas contará com três espetáculos estrangeiros, provenientes de Espanha e Itália, devido à pandemia de covid-19. "Este não é o festival que gostávamos, mas é aquele que é possível fazer em contexto de pandemia", acrescentou o diretor da Companhia de Teatro de Almada, sublinhando que o cartaz da iniciativa será divulgado no dia 19 deste mês. A decisão foi tomada depois de consultados os seus fiéis espetadores do maior festival de teatro do país. E a resposta foi que ninguém irá ficar em casa.
Teatro está de regresso às salas do concelho 

A divulgação do cartaz da 37.ª edição do Festival Internacional de Almada decorrerá às 21 horas na sala principal do Teatro Municipal Joaquim Benite, em Almada, seguindo-se um concerto com RãoKyao.
A decisão foi tomada na quarta-feira, após o anúncio das regras oficiais para a reabertura das salas de espectáculos, mas o diagnóstico estava feito desde meados de Abril. No pico da pandemia da covid-19 em Portugal, Rodrigo Francisco e a equipa da Companhia de Teatro de Almada contataram telefonicamente os fiéis espetadores do mais importante festival de teatro do país e a conclusão foi clara: se o Festival de Almada avançasse, a maioria do público não ficaria em casa. “Mais de metade dos nossos espetadores disse-nos que queria que houvesse festival e que, havendo, compraria a assinatura e viria”, conta o director artístico do evento. 
Este ano, o certame reduz-se a seis espaços em Almada - salas principal e experimental do Teatro Municipal Joaquim Benite, Fórum Municipal Romeu Correia, Sociedade Incrível Almadense, Sociedade Academia Almadense, Teatro-Estúdio António Assunção, e, em Lisboa, o pequeno auditório do Centro Cultural de Belém.
Rodrigo Francisco sublinhou o facto de o Centro Cultural de Belém ser um dos parceiros mais antigos do festival e de "ter estado sempre com a organização do certame mesmo nos momentos de maior incerteza".
"O espetáculo que iremos apresentar no Centro Cultural de Belém não é o que estava previsto, mas mesmo assim o Centro Cultural de Belém não deixou de estar connosco", frisou o diretor da Companhia de Teatro de Almada.
Questionado sobre se a Companhia de Teatro de Almada irá estrear algum espetáculo durante o certame, o diretor da companhia disse que a companhia anfitriã não irá apresentar qualquer estreia.
O certame abre, todavia, com uma estreia portuguesa. "Muitas companhias estavam a ensaiar espetáculos para estrear quando fomos apanhados pela pandemia do covid-19, pelo que este ano vamos ter muitas estreias portuguesas", referiu.
O diretor da Companhia de Teatro de Almada acrescentou que optaram por realizar a edição deste ano do festival após terem auscultado o público fiel do certame que garantiu não deixar de ir assistir aos espetáculos, apesar da pandemia não estar debelada.

Agência de Notícias com Lusa 

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