Empresa de biocombustíveis cria trabalho em Palmela

Vale de Cantadores recebe investimento de 33 milhões de euros numa fábrica de biocombustíveis avançados

O concelho de Palmela irá receber  uma fábrica de produção de biocombustíveis avançados. O empreendimento da Hardlevel deverá estar pronto a operar no segundo semestre de 2021, implica um investimento de 33 milhões de euros e deverá empregar 50 pessoas. A  aposta da Hardlevel aponta para o mercado chinês, mas também para o norte da Europa. A escolha de Palmela para instalação da nova unidade foi estratégica, uma vez que o local onde será feita a obra, em Vale de Cantadores, "fica localizada a dez minutos do porto de Setúbal, próxima da via ferroviária e junto à autoestrada que liga o sul e o norte do país", diz a empresa. 
Empresa quer trabalhar com combustíveis saudáveis 

De acordo com o administrador da empresa, Salim Karmali, citado pelo jornal Semmais, a unidade projetada irá produzir cerca de 50 mil toneladas por ano de biocombustíveis avançados. Serão processadas matérias primas como cascas de frutos, óleos virgens, óleo de cachos, óleos e gorduras provenientes de lamas de depuração de Etar’s.
Ainda segundo o responsável da empresa a escolha de Palmela para instalação da nova unidade foi estratégica, uma vez que o local onde será feita a obra, em Vale de Cantadores, fica localizada a dez minutos do Porto de Setúbal, próxima da via ferroviária e junto à autoestrada. “A exportação para países do norte da Europa é um dos objetivos, daí que seja importante a proximidade ao porto de Setúbal”, sublinhou Salim Karmali. 
O responsável revelou ainda que a empresa, com a entrada de um novo investidor, prevê expandir o negócio para China e também para o continente americano, operações que deverão ocorrer, no primeiro caso, ainda durante este ano e, no segundo, no decurso do segundo semestre de 2021, precisamente quando se prevê que seja inaugurada a fábrica de Palmela.
Um dos donos da Hardlevel salientou que a fábrica do Vale dos Cantadores vem de encontro às novas diretivas europeias, nomeadamente da que diz respeito a renováveis. Essa diretiva estabelece que, entre 2020 e 2030 os países membros de União Europeia irão consumir 32 por cento de energias provenientes de fontes renováveis, pelo que o processo de incorporação de biocombustíveis (como os que serão produzidos na nova unidade) nos combustíveis fósseis irá aumentar significativamente.
Os 50 postos de trabalho previstos são destinados a pessoas com especialização, nomeadamente a técnicos de laboratório e técnicos de produção. 

Uma empresa em crescimento 
Apostada na recolha seletiva dos óleos usados e na sua transformação e valorização de modo a que se obtenham biocombustíveis avançados, a Hardlevel, que também tem centros logísticos e empresas subsidiárias em Portugal, Espanha, Holanda, Bélgica e Malásia, prevê poder chegar ao final do presente ano com mais de 100 mil toneladas processadas e comercializadas, valor esse que até poderia ser superior, não fossem os contratempos causados pela pandemia de covid-19.
A Hardlevel tem capital 100 por cento português e foi fundada em 2006. Terá sido, em 2017, a empresa responsável pela criação da primeira rede organizada de recolha de óleos alimentares usados, a Rede Nacional de Oleões.
 Em 2019 a empresa terá tido um volume negocial de 58 milhões de euros.

Agência de Notícias

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