Problema adiou demolição das chaminés em Setúbal

As chaminés da antiga central morrem de pé, mas não para já. EDP “abortou” mega operação

Um “problema técnico” obrigou ao adiamento da operação de demolição das duas chaminés da central termoelétrica da EDP em Setúbal que estava prevista para sábado à tarde, informou fonte oficial da empresa. "Houve um problema técnico que não permitia fazer a demolição em segurança e obrigava a fazer novas verificações, pelo que se decidiu adiar a operação para uma nova data a anunciar oportunamente”, disse fonte oficial da EDP. De acordo com a empresa, para prosseguir com a operação de demolição seria necessário prolongar as restrições à circulação automóvel em toda a zona envolvente da antiga central. Nova data ainda não foi definida.
Chaminés de antiga termoelétrica continuam de pé

A cidade parou, literalmente, para assistir à mega operação de derrube das duas chaminés da antiga central termoelétrica da EDP, que estava marcada para este sábado à uma da tarde. Mas após mais de uma hora de espera sem que nada acontecesse, e com o trânsito cortado pela PSP e pela GNR em pelo menos sete pontos estratégicos da cidade, a EDP decidiu suspender a operação, por razões de segurança, e adiá-la para uma nova data, ainda a definir.
De acordo com a empresa, para prosseguir com a operação de demolição seria necessário prolongar as restrições à circulação automóvel em toda a zona envolvente da antiga Central Termoelétrica de Setúbal, com todos os transtornos que isso poderia causar às pessoas, pelo que se decidiu adiar a demolição das chaminés.
A operação de demolição das duas chaminés com cerca de 200 metros de altura, a cargo da empresa Maxam, especialista na utilização de explosivos para este tipo de atividades, começou a ser preparada há ano e meio e prevê a utilização de cerca de 150 a 200 quilogramas de explosivos em cada uma das duas chaminés, inseridos numa espécie de “cunha” cortada para forçar as estruturas verticais a tombar, à semelhança de uma árvore quando é abatida.
Somavam-se ainda várias piscinas de água em volta das duas estruturas, com mais 60 kg de explosivos, para criar um efeito de cortina no momento da detonação para conter as poeiras e detritos resultantes da mesma. O objetivo seria mitigar o impacto da explosão do ponto de vista ambiental, disse o responsável da EDP Produção.
Os trabalhos de desmantelamento e demolição da antiga central termoelétrica tiveram início em 2016 e a conclusão dos trabalhos deverá ocorrer até final de 2020, prevendo-se que no próximo ano se inicie a requalificação ambiental do terreno da central.
Embora reconheça que está dependente das avaliações do solo feitas depois do desmantelamento total, a EDP acredita que os trabalhos de descontaminação dos terrenos estejam concluídos no final de 2021.
Depois destes trabalhos, a EDP pretende que os terrenos da antiga Central Termoelétrica de Setúbal possam vir a acolher um “projeto sustentável, um projeto que faça parte da transição energética”.
Construída no final da década de 70 do século passado, a Central Termoelétrica de Setúbal, localizada na península da Mitrena, esteve mais de 30 anos em funcionamento, desde 1978 a 2013, estava equipada com quatro grupos de geradores e chegou a abastecer 25 por cento da população portuguesa em território continental.

Agência de Notícias com Lusa

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