Faurecia de Palmela aplica layoff e segura emprego

Empresa garante segurança aos trabalhadores

A Faurecia, empresa de componentes automóveis instalada no Parque Industrial da Autoeuropa, no concelho de Palmela, vai aplicar o `layoff´ a 178 trabalhadores, mas garante os 520 postos de trabalho da fábrica, apesar da pandemia covid-19, anunciou esta segunda-feira a Comissão de Trabalhadores. Segundo um comunicado da comissão, ao contrário do que deverá acontecer nas restantes unidades industriais da Faurecia em Portugal, a fábrica de Palmela, vai garantir "todos os postos de trabalho" e "está neste momento a tentar encontrar soluções para os trabalhadores temporários". 
Fábrica garante emprego a todos os funcionários 

Em declarações à agência Lusa, Daniel Bernardino, coordenador da Comissão de Trabalhadores, disse que a grande maioria dos colaboradores vai permanecer em casa até ao dia de 30 de Abril, contabilizando todos os dias de saldo que têm disponíveis, de descanso compensatório, férias de 2019 e `downdays´ (dias de não produção sem perda de rendimento) de 2019 e 2020.
Aos 178 trabalhadores que não têm dias disponíveis, será aplicado o decreto-lei aprovado pelo governo (layoff), no período de 31 de Março a 30 de Abril, sendo que para o cálculo dos 2/3 do salário ilíquido que cada trabalhador vai receber, será contabilizado o subsídio de turno.
Segundo Daniel Bernardino, está igualmente garantido que todos os trabalhadores terão "um mínimo de 15 dias de férias no ano de 2020, independentemente dos que já foram utilizados".
"Não foi o acordo ideal, mas reconhecemos que também houve um esforço da empresa para encontrar uma solução consensual, até porque a Faurecia poderia muito simplesmente aplicar o `layoff´ a todos os trabalhadores sem fazer qualquer negociação", disse o coordenador da Comissão de Trabalhadores.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 801.400  pessoas em todo o mundo, das quais morreram  38.714. Dos casos de infeção, pelo menos 172.657 são considerados curados.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 160 mortes, e 7443 casos de infeções confirmadas.
Dos infetados, 627 estão internados, 188 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 43 doentes que já recuperaram.
Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 2 de Março, encontra-se em estado de emergência até às 23h59 de 2 de Abril.
Além disso, o Governo declarou no dia 17 o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar.
Há 245 casos confirmados, nesta segunda-feira, no distrito de Setúbal, pelo novo coronavírus na península de Setúbal e litoral alentejano, de acordo com os dados da Direção-Geral da Saúde e dados das [poucas] autarquias que divulgam os dados oficiais no seu território. A nível de concelhos, a leitura revela que os casos aumentaram, praticamente, em todos. O Seixal e Almada, com 71 ocorrências, são os locais mais problemáticos. Seguem-se Setúbal com 25, Barreiro tem 37, a Moita 22, o Montijo 14 e Sesimbra com 10 testes positivos. Depois surgem também Palmela, com onze, Grândola com 3 e Santiago do Cacém com seis, Sines com três e Alcochete com quatro pessoas em tratamento.

Agência de Notícias com Lusa 

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