Cascais ajuda Setúbal, Seixal, Alcochete e Sesimbra

Autarquia recebeu 10 toneladas de luvas, máscaras, fatos e viseiras e doou parte a municípios do distrito de Setúbal

A Câmara de Cascais recebeu, esta segunda-feira, 10 toneladas de luvas, máscaras, fatos e viseiras vindas da China. Grande parte é para doar a outros municípios da Área Metropolitana de Lisboa, enquanto não chegam outras encomendas. Uma grande parte é, segundo a revista Sábado, para entregar às Câmaras de Setúbal, Seixal, Sesimbra e Alcochete que aceitaram a oferta do autarca da margem Norte do Tejo. Ainda segundo a mesma publicação, o material foi doado através de um grupo de Whatsapp para pôr em contacto todos os presidentes de câmara da Área Metropolitana de Lisboa.
Cascais oferece equipamento ao distrito 

A presidente da Câmara de Setúbal, diz a Sábado, nem hesitou quando viu a mensagem de Whatsapp de Carlos Carreiras. O presidente da Câmara de Cascais estava a usar o grupo criado para pôr em contacto todos os presidentes de câmara da Área Metropolitana de Lisboa para oferecer o material de proteção que tanta falta tem feito nestes dias de combate à epidemia de covid-19.
Maria das Dores Meira aceitou logo a ajuda. E não foi a única: pelo menos, Seixal, Sesimbra e Alcochete vão aproveitar a generosidade do concelho de Cascais.
"Tem havido uma grande solidariedade", diz  a presidente da Câmara de Setúbal, que elogia o gesto de Carlos Carreiras e explica que a ideia será devolver a Cascais o material agora doado quando chegar "uma grande encomenda feita pela Área Metropolitana de Lisboa" que está previsto que chegue "entre dia 5 e 8 de Abril".
A chegada das encomendas de material de proteção, ventiladores e testes para detetar o novo coronavírus tem tido "uma logística muito difícil", como explicou à referida revista Carlos Carreiras, que decidiu aproveitar o facto de já ter recebido 20 toneladas de material na quinta-feira passada para agora partilhar esta nova encomenda com quem mais precisa na Área Metropolitana de Lisboa.
O material que chegou esta segunda-feira num avião russo percorreu 11 mil quilómetros para vir da cidade chinesa de Xiamen para o aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa. São 700 caixas com luvas, máscaras, fatos, viseiras e outros materiais de proteção.
"Gastámos um milhão de euros só nestas encomendas", referiu o presidente da Câmara de Cascais, que conta com um fundo de emergência de cinco milhões de euros e promete não olhar a despesas para fazer face à covid-19.
O problema para Cascais, assegura Carreiras, ainda nunca foi de dinheiro. "Um primeiro problema é haver disponibilidade, o segundo é a logística". E esses são problemas que o autarca espera ultrapassar para receber as encomendas de ventiladores e testes rápidos de deteção do novo coronavírus que também já fez.
Cascais tinha sido a primeira entidade portuguesa a receber uma encomenda deste tipo, na semana passada, um dia antes de chegar o avião com as primeiras encomendas feitas pelo Estado português.
"Esta segunda carga vai também reforçar o stock destes equipamentos [de proteção] aos profissionais de saúde, forças de segurança, proteção civil e dezenas de instituições sociais do concelho [de Cascais]", segundo se lê numa nota enviada pela autarquia liderada pelo social-democrata Carlos Carreiras e que, assim, divide com a proteção civil, forças de segurança e unidades de saúde dos concelhos de Setúbal, Seixal, Alcochete e Sesimbra.

Agência de Notícias 

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