Esta quinta-feira há greve nos Transportes Sul do Tejo

Trabalhadores da TST paralisam por aumentos salariais

Os trabalhadores dos Transportes Sul do Tejo (TST) vão estar parados na quinta-feira para realizarem um plenário, exigindo aumentos salariais, o que pode causar perturbações no serviço, anunciou esta segunda-feira o sindicato do setor. A União dos Sindicatos de Setúbal convocou uma paralisação, que acontece durante todo o dia de quinta-feira, e um plenário pelas 10 horas, nas instalações dos TST no Laranjeiro, em Almada. Os trabalhadores reclamam melhores salários. A empresa, detida pelo grupo Arriva, é o que menos paga aos motoristas em toda a Área Metropolitana de Lisboa. 
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Em comunicado, o sindicato adiantou que os motoristas decidiram paralisar porque a administração da rodoviária “não deu resposta à valorização dos salários, fugindo ao compromisso que havia dado aos trabalhadores”, em Dezembro.
“Chamamos a atenção da administração dos TST que, caso não queira a empresa parada ou paralisada, basta cumprir com o discurso público que efetuou quando disse: ‘é necessário elevar os salários dos trabalhadores da TST ao nível daquilo que é praticado na Carris’”, lê-se na nota divulgada.
A paralisação, explica uma nota dos Transportes Sul do Tejo, está marcada "para o período compreendido entre as três da manhã de dia 6 de Fevereiro e as três da manhã de dia 7 de Fevereiro. Durante este período poderão ocorrer perturbações na realização dos serviços programados".
No ano passado, os trabalhadores da TST realizaram várias greves e plenários contra os “ordenados mais baixos” do setor na Área Metropolitana de Lisboa, reivindicando um ordenado de 750 euros.
No entanto, em Junho, todas as ações de luta foram suspensas depois de os funcionários terem aceite a proposta feita pela administração, de um salário de 700 euros.
A TST "tem uma frota particularmente envelhecida, tem um elevado índice de corte de carreiras, não se preparou para o aumento da taxa de ocupação verificado com os novos passes sociais e têm ficado muitos utentes nas paragens", diz a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações
Neste protesto de Junho do ano passado também esteve a deputada e vereadora do BE na Câmara de Almada, Joana Mortágua, que realçou como a “degradação do serviço prestado à população” também corresponde à “degradação dos trabalhadores”, que “recebem abaixo da média salarial do seu setor”.
Neste sentido, a bloquista advertiu que a degradação do serviço tem vindo a piorar desde que entrou em vigor o novo passe social, em 1 de Abril, não existindo “nenhum reforço por parte da administração” em termos de carreiras, o que tem causado “queixas de muita gente que fica nas paragens”.
A TST, detida pelo grupo Arriva, desenvolve a sua atividade na península de Setúbal, com 190 carreiras e oficinas em quatro concelhos: Almada, Moita, Sesimbra e Setúbal.

Agência de Notícias
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