Presidente visita Raríssimas e saúda o "fim feliz" da polémica. Depois, foi para a ginjinha
Todos os anos, na véspera de Natal, os barreirenses saem à rua para beber uma ginjinha. Uma tradição que o Presidente da República cumpre há quatro anos. O percurso arrancou na Tasca da Galega, um estabelecimento emblemático do Barreiro. "O que é muito impressionante é que é uma tradição, que penso que é única, no nosso país e revela de facto um calor humano muito grande", disse Marcelo Rebelo de Sousa. Nas ruas do Barreiro, o Presidente distribuiu votos de Boas Festas e deixou-se fotografar. Estar junto das pessoas é será sempre uma prioridade deste mandato, disse o chefe de Estado, que realçou o caráter informal desta iniciativa popular, realizada no Barreiro no dia 24 de Dezembro antes da noite de consoada. Antes, o Presidente da República saudou o apoio do anterior Governo e do atual à Raríssimas, na Moita, e congratulou-se com o "fim feliz" desta associação na sequência das denúncias de irregularidades na sua gestão em 2017.
Da Moita, o chefe de Estado seguiu para o Barreiro, juntando-se pelo quarto ano consecutivo à ginjinha de Natal, no centro da cidade, rodeado por uma multidão que o fez levar quase duas horas e meia a percorrer algumas dezenas de metros até à Tasca da Galega, onde atrás do balcão brindou "por Portugal", a pensar especialmente nos portugueses "que infelizmente estão doentes ou numa situação de sofrimento" nesta época festiva.
Como manda a tradição no Barreiro, desde há mais de 20 anos que, no dia 24 de Dezembro, antes da consoada, a população Barreirense sai à rua para ir beber uma Ginjinha à Tasca da Galega, na baixa da cidade.
A tradição tem origem nos trabalhadores da noite em bares do Barreiro, que se começaram a juntar em diversos locais ao fim da tarde para celebrar o Natal com uma ginjinha. Não demorou muito até que os Barreirenses começassem a aderir em massa. Atualmente o número de “participantes” a aderir àquilo que se tornou uma tradição, hoje de cariz social, é cada vez maior.
Este evento, que une o espírito natalício a várias gerações, leva a reencontros inesperados entre amigos de longa data que não se viam há algum tempo.
"A Ginjinha de Natal” é já uma tradição no Barreiro que, em vez de ser desde o fim da tarde até à hora da consoada como era há uns anos, há já quem comece pelas 16 horas. Como jovem Barreirense que adora a sua cidade e participante há meia dúzia de anos na tradição, acho por bem este encontro entre gerações neste dia especial. Na minha opinião cultiva amizades, com um convívio fraterno em torno de um copo, mantendo vivo o que é ser barreirense", dizia um jovem à porta da "mítica" Tasca da Galega.
Presidente vê Casa dos Marcos "mais feliz" na Moita
Em véspera de Natal, como tinha feito no ano passado e há dois anos, Marcelo Rebelo de Sousa visitou o Centro de Desenvolvimento e Reabilitação da Casa dos Marcos, no concelho da Moita, uma das instalações da Raríssimas - Associação Nacional de Deficiências Mentais e Raras, onde chegou meia hora antes do previsto.
O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Edmundo Martinho, e o secretário de Estado da Segurança Social, Gabriel Bastos, acompanharam-no na visita à Raríssimas, que aconteceu num momento de transição entre a direção dos últimos dois anos, presidida por Margarida Laygue, e a nova direção da Raríssimas, que tem como presidente Maria João Trincão, que irá tomar posse no dia 3 de Janeiro.
À saída da Casa dos Marcos, em declarações aos jornalistas, o Presidente da República disse que "estas histórias, em muitos casos, não terminam bem", numa alusão às irregularidades denunciadas numa reportagem da TVI que levaram à destituição da antiga presidente, Paula Brito da Costa, que foi constituída arguida.
"Houve muitas dificuldades para manter unido o projeto, para manter uma equipa muito vigorosa à frente, para ter a Segurança Social a apoiar, para ter a Santa Casa da Misericórdia a apoiar, para ter a Aga Khan a apoiar, para ultrapassar o afastamento dos mecenas", referiu.
Marcelo Rebelo de Sousa destacou o "apoio espetacular, quer das famílias, quer dos trabalhadores, todos, da casa, que fizeram um esforço muito grande para manter aquilo que era fundamental".
"Depois, era preciso preparar o futuro, e fez-se isso tudo em dois anos. Não foi uma tarefa fácil. E eu tenho que cumprimentar o Governo, o anterior e o atual, por isso, o senhor provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que foi um entusiasta deste projeto, e a Aga Khan", acrescentou.
O Presidente da República cumprimentou também todos os elementos desta direção cessante da Raríssimas, concluindo: "Agora é futuro. Agora é ano novo, vida nova. Na continuidade do esforço dos últimos anos, mas vida nova com outras perspetivas".
Antes, o chefe de Estado fez uma curta intervenção no átrio de entrada da Casa dos Marcos, ao qual foi dado o nome do ex-ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, José António Vieira da Silva, congratulando-se com o "fim feliz" deste "mandato extremamente difícil" na Raríssimas.
"Foi possível, passo a passo, fazer sobreviver a instituição - mas foi mesmo passo a passo", disse.
Segundo o Presidente da República, nestes dois anos foi decidido "a Santa Casa assumir um papel ainda mais vigoroso e ativo, sempre com o apoio da Segurança Social", que "continua inabalável".
"Por isso, este Natal é um Natal muito diferente do Natal de há dois anos. É mais Natal este ano", considerou.
Como manda a tradição no Barreiro, desde há mais de 20 anos que, no dia 24 de Dezembro, antes da consoada, a população Barreirense sai à rua para ir beber uma Ginjinha à Tasca da Galega, na baixa da cidade.
A tradição tem origem nos trabalhadores da noite em bares do Barreiro, que se começaram a juntar em diversos locais ao fim da tarde para celebrar o Natal com uma ginjinha. Não demorou muito até que os Barreirenses começassem a aderir em massa. Atualmente o número de “participantes” a aderir àquilo que se tornou uma tradição, hoje de cariz social, é cada vez maior.
Este evento, que une o espírito natalício a várias gerações, leva a reencontros inesperados entre amigos de longa data que não se viam há algum tempo.
"A Ginjinha de Natal” é já uma tradição no Barreiro que, em vez de ser desde o fim da tarde até à hora da consoada como era há uns anos, há já quem comece pelas 16 horas. Como jovem Barreirense que adora a sua cidade e participante há meia dúzia de anos na tradição, acho por bem este encontro entre gerações neste dia especial. Na minha opinião cultiva amizades, com um convívio fraterno em torno de um copo, mantendo vivo o que é ser barreirense", dizia um jovem à porta da "mítica" Tasca da Galega.
Presidente vê Casa dos Marcos "mais feliz" na Moita
Presidente satisfeito com apoio do Governo |
O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Edmundo Martinho, e o secretário de Estado da Segurança Social, Gabriel Bastos, acompanharam-no na visita à Raríssimas, que aconteceu num momento de transição entre a direção dos últimos dois anos, presidida por Margarida Laygue, e a nova direção da Raríssimas, que tem como presidente Maria João Trincão, que irá tomar posse no dia 3 de Janeiro.
À saída da Casa dos Marcos, em declarações aos jornalistas, o Presidente da República disse que "estas histórias, em muitos casos, não terminam bem", numa alusão às irregularidades denunciadas numa reportagem da TVI que levaram à destituição da antiga presidente, Paula Brito da Costa, que foi constituída arguida.
"Houve muitas dificuldades para manter unido o projeto, para manter uma equipa muito vigorosa à frente, para ter a Segurança Social a apoiar, para ter a Santa Casa da Misericórdia a apoiar, para ter a Aga Khan a apoiar, para ultrapassar o afastamento dos mecenas", referiu.
Marcelo Rebelo de Sousa destacou o "apoio espetacular, quer das famílias, quer dos trabalhadores, todos, da casa, que fizeram um esforço muito grande para manter aquilo que era fundamental".
"Depois, era preciso preparar o futuro, e fez-se isso tudo em dois anos. Não foi uma tarefa fácil. E eu tenho que cumprimentar o Governo, o anterior e o atual, por isso, o senhor provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que foi um entusiasta deste projeto, e a Aga Khan", acrescentou.
O Presidente da República cumprimentou também todos os elementos desta direção cessante da Raríssimas, concluindo: "Agora é futuro. Agora é ano novo, vida nova. Na continuidade do esforço dos últimos anos, mas vida nova com outras perspetivas".
Antes, o chefe de Estado fez uma curta intervenção no átrio de entrada da Casa dos Marcos, ao qual foi dado o nome do ex-ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, José António Vieira da Silva, congratulando-se com o "fim feliz" deste "mandato extremamente difícil" na Raríssimas.
"Foi possível, passo a passo, fazer sobreviver a instituição - mas foi mesmo passo a passo", disse.
Segundo o Presidente da República, nestes dois anos foi decidido "a Santa Casa assumir um papel ainda mais vigoroso e ativo, sempre com o apoio da Segurança Social", que "continua inabalável".
"Por isso, este Natal é um Natal muito diferente do Natal de há dois anos. É mais Natal este ano", considerou.
Agência de Notícias com Lusa
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