Demissões no Vitória de Setúbal obriga a eleições

Dez dirigentes do clube apresentam demissão dos órgãos sociais

Dez dirigentes do Vitória de Setúbal, entre eles vice-presidentes, tesoureiro e diretores, apresentaram esta terça-feira os pedidos de demissão dos respetivos órgãos sociais do clube da I Liga de futebol. Como justificação é referido divergências com o modelo de gestão atual da Direção presidida por Vítor Hugo Valente, considerando o "projeto ferido na sua essência". Perante este cenário, o presidente da mesa da Assembleia-Geral do maior clube da cidade deverá nas próximas semanas anunciar a data para as eleições, sendo certo que as mesmas terão de se realizar durante o primeiro trimestre de 2020. Lembre-se que o Vitória de Setúbal ocupa a 7ª posição na primeira Liga e já está "eliminado" da Taça de Portugal (onde perdeu no terreno do Porto) e da Taça da Liga, onde ainda há um jogo para disputar [Benfica, este sábado] mas já sem hipótese de qualificação para a final a quatro que se realiza em Braga. 
Vitória abre crise na direção 

Em comunicado enviado à agência Lusa, os signatários, entre eles o vice-presidente e administrador da SAD Paulo Gomes, informam que enviaram esta terça-feira, por carta registada dirigida ao presidente da mesa da Assembleia-Geral, Cardoso Ferreira, o texto da renúncia.
Os dirigentes Paulo Gomes, Sérgio Casal, Rogério Sousa, Bruno Rodrigues, Mário Santos, José Fidalgo, Aldo Nascimento, António Ramos, António Santana e Luís Jacob, eleitos em 21 de Dezembro de 2017, explicam as razões que estiveram por trás da decisão.
"Esgotadas todas as possibilidades de diálogo, entendem estes elementos não ser benéfico para o clube a continuidade de um projeto ferido na sua essência", escreveram.
Os signatários afirmam também que o modelo de gestão atual da direção presidida por Vítor Hugo Valente é muito diferente do preconizado no início do mandato.
"Tendo vindo a verificar-se no Vitória Futebol Clube - SAD a existência de um modelo de gestão diferente daquele que nos moveu em Dezembro de 2017, têm estes elementos da direção, reiteradamente, efetuado todas as diligências junto do seu presidente para que o modelo a que se propuseram se executasse, mas sem sucesso", referem.
No documento, os dirigentes explicam as razões pelas quais não apresentaram antes a demissão.
"A existência de dossiers de relevante importância para o clube levou a que esta decisão tivesse sido bastante ponderada e consequentemente algumas vezes adiada", justificaram.
Tal como previam os estatutos, mesmo antes de ser anunciada a renúncia dos 10 dirigentes, o presidente da mesa da Assembleia-Geral do Vitória de Setúbal deverá nas próximas semanas anunciar a data para as eleições do clube, sendo certo que as mesmas terão de se realizar durante o primeiro trimestre de 2020.

Agência de Notícias
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