Secundária do Pinhal Novo quer mais funcionários

Falta de assistentes obriga escola a encerrar às 16 horas 

Alunos da Escola Secundária do Pinhal Novo, em Palmela, concentraram-se esta segunda-feira à entrada daquele estabelecimento de ensino em protesto contra a falta de funcionários. Uma situação que já colocou a escola - e os alunos - em perigo. Há cerca de duas semanas, a 9 de Outubro, um homem aproveitou a falta de assistentes para entrar dentro da escola. "Já tivemos aqui mais de 60 alunos que decidiram juntar-se a este protesto. Alguns seguem normalmente para as aulas, mas outros mostram-se solidários e decidiram juntar-se a esta luta pelo reforço do número de funcionários", disse Catarina Oliveira, aluna do 12.º ano, que integra a organização do protesto. Além da concentração realizada esta segunda-feira de manhã junto ao portão de entrada da escola, os organizadores do protesto prometem enviar um abaixo-assinado ao Ministério da Educação a exigir o reforço de funcionários. 
Alunos protestam junto à escola 

De acordo com a também membro da Juventude Comunista Portuguesa (JCP), a ação de luta foi organizada pela Associação de Estudantes com o apoio da estrutura partidária.
"Consideramos insustentável a atual situação. Esta escola tem mais de 1800 alunos e deveria ter cerca de 30 funcionários ao serviço, mas tem muito menos, até porque há cerca de uma dezena de funcionários de baixa médica", acrescentou.
Segundo Catarina Oliveira, neste momento a Escola Secundária do Pinhal Novo esteve a encerrar às 16 horas, mais cedo do que seria normal, devido à falta de funcionários.
Uma situação que já colocou a escola - e os alunos - em perigo. Há cerca de duas semanas, a 9 de Outubro, um homem aproveitou a falta de assistentes profissionais, para entrar dentro da escola.
No vídeo publicado pelo Jornal de Notícias, o homem mostra dificuldades para manter o equilíbrio e chega junto dos alunos numa área comum da escola, na entrada para as salas, onde acena para os mais novos. Dirige-se depois para a zona do bar escolar, onde é confrontado com um assistente operacional que após algumas tentativas de diálogo, leva-o à saída do recinto escolar. 
O caso nem chegou às autoridades policiais mas a administração da escola decidiu passar a encerrar o recinto a partir das 16 horas, por falta de assistentes operacionais.
Catarina Oliveira referiu que houve já um reforço de dois assistentes operacionais durante a semana passada, o que levou a que a escola voltasse ao horário de funcionamento normal, mas não é suficiente. "Há vários anos que a escola lida com problema da falta de assistentes operacionais e são os alunos mais prejudicados por isso", disse a aluna.
Alunos e pais criticam a falta de limpeza do espaço devido aos poucos assistentes operacionais em funções e até relatam a existência de ratos no recreio. Graça Santinho, mãe de um aluno desta escola juntou-se ao protesto. "Há alguns anos que este problema se arrasta", confessa. "Sabemos de casos de alunos que limpam as próprias salas e enquanto mãe não sinto que esta escola garanta a segurança aos alunos, principalmente no recreio, onde não há vigilância".
O protesto serviu ainda para alertar a direção para a falta de material escolar ao dispor dos alunos. "O curso de artes não tem material indispensável para as aulas e sempre que precisamos de alguma coisa, como projetores, não há", prossegue Catarina Oliveira, aluna do 12º ano.
Além da concentração realizada esta segunda-feira de manhã junto ao portão de entrada da escola, os organizadores do protesto prometem enviar um abaixo-assinado ao Ministério da Educação a exigir o reforço de funcionários de forma a assegurar o normal funcionamento do estabelecimento.
Hoje de manhã, os promotores do abaixo-assinado já tinham recolhido mais de 300 assinaturas.
A agência Lusa fez várias tentativas para contactar a direção da Escola Secundária de Pinhal Novo, o que não foi ainda possível.

Agência de Notícias com Lusa 
Foto: Lusa/Rui Minderico 
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