Paços do Concelho de Palmela vai para obras

Obra de recuperação do Salão Nobre e Paços do Concelho adjudicada por 725 mil euros 

A Câmara de Palmela adjudicou a empreitada de recuperação do Salão Nobre e Paços do Concelho, por cerca de 725 mil euros. A recuperação das pinturas murais do salão nobre é um dos objetivos da obra que vai decorrer no edifico datado do século XVI. Trata-se de uma obra fundamental para Palmela. "De grande delicadeza e incidindo num edifício de grande beleza e impacto, inserido no Centro Histórico de Palmela, esta obra teve projeto aprovado pela Direção-Geral do Património Cultural e prevê o recurso a diversas especialidades e a ações reversíveis e pouco intrusivas, o que justifica a opção do Município pelo concurso de prévia qualificação", explica a autarquia. 
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Os trabalhos incluem a recuperação do Salão Nobre, para eliminação de patologias e conservação e restauro da galeria de retratos dos reis de Portugal, do Conde D. Henrique a D. Manuel , de modo a assegurar a preservação histórico-patrimonial deste legado.
Integram, também, a reabilitação, conservação e restauro do terraço, colunas e pilastras que "compõem o acesso, através da fachada principal, e a reabilitação de fachadas e coberturas, entre outras intervenções de conservação e restauro", diz a autarquia.
Outra importante intervenção é a criação de uma entrada de nível para que qualquer pessoa possa aceder ao salão nobre, independentemente da sua condição física. Defesa do património histórico-artístico, promoção das acessibilidades e reabilitação urbana conjugam-se, numa obra com recurso a técnicas pouco intrusivas, que mereceu a aprovação da Direção Geral do património Cultural.
A empreitada inclui duas áreas de intervenção. A primeira área inclui a reabilitação das fachadas e coberturas, saguão, zona da arcada, galeria e pátio exterior poente. Este conjunto de intervenções é cofinanciado por fundos comunitários, no âmbito do Portugal 2020.
A segunda área de intervenção, precisamente a reabilitação do Salão Nobre e áreas adjacentes nos pisos zero e um, é financiada, exclusivamente, pela Câmara Municipal.
É de sublinhar, também, a promoção da acessibilidade ao Salão Nobre, que se situa no primeiro andar, através da criação de uma nova entrada de nível, bem como a melhoria do desempenho energético do edifício.
Trata-se de uma obra, sublinha a autarquia de Palmela, "essencial para a conservação do imóvel, que se julga remontar ao século XVI, e onde terão funcionado, ao longo dos séculos, o Tribunal de Palmela, a Câmara, o Açougue e a Prisão. Além do elevado valor patrimonial, cultural e turístico, também a qualificação do serviço prestado às populações é um fator a ter em consideração, ao dotar o edifício de melhores condições de trabalho para os diversos setores da organização que aí funcionam".
De modo a assegurar a preservação histórico-patrimonial do Salão Nobre, o restauro das pinturas existentes será uma das principais ações a realizar. "A intervenção contempla ainda a criação de uma entrada de nível que vai garantir, a todos os cidadãos, o acesso a este espaço municipal", diz a autarquia. 

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