Descobertas arqueológicas no Castelo de Palmela

Descobertas alteram o conhecimento sobre a história do castelo

As encostas do Castelo de Palmela estão a sofrer obras de sustentação para evitar derrocadas no futuro. As obras para consolidação das encostas do castelo deverão estar concluídas em finais de Setembro, mas envolvem uma grande complexidade, cuja intervenção está a decorrer em três frentes. Os trabalhos da empreitada, diz Álvaro Amaro, presidente da Câmara de Palmela , “são de grande importância e complexidade, envolvendo vários estudos de especialidades diferentes, da geotecnia à cartografia, passando pelo paisagismo, conservação e restauro e estabilidade”. As obras, no entanto, já revelaram uma enorme quantidade de novos vestígios arqueológicos junto à antiga piscina, que podem alterar a história do Castelo e os registos da ocupação humana na zona.
Obras revelaram achados importantes 

De acordo com a Câmara de Palmela, “os trabalhos arqueológicos de acompanhamento desta operação têm permitido descobrir um espólio muito rico e um conjunto de novas informações, que alteram o que se sabia sobre a história do castelo, abrindo novas linhas de investigação e estudo para as próximas décadas”. A autarquia sublinha ainda que “a equipa de arqueologia está muito entusiasmada e continua a escavar e a recolher espólio, que será apresentado em detalhe depois de uma cuidada análise científica”. 
Neste momento, a obra está a decorrer em três frentes distintas: na encosta virada a sul sobre o antigo refeitório do convento e atual restaurante da Pousada de Palmela, na zona onde estava instalada a antiga piscina e na encosta nascente, junto ao miradouro.
O presidente da autarquia, Álvaro Amaro explicou em pormenor que “as projecções de betão e pregagens, que vão garantir a estabilidade da encosta que suporta o castelo, são já visíveis a partir de Setúbal e da serra da Arrábida”.
A intervenção em curso é tida “como uma engenhosa e complexa obra que garante a estabilidade do morro de Palmela e a preservação da ‘jóia da Coroa’ do nosso património;  o Castelo de Palmela”.
O investimento nos trabalhos é superior a três milhões de euros financiados em 85 por cento pelo Programa Operacional da Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos, no quadro do Portugal 2020. Os restantes 15 por cento serão assegurados pela Direção Geral do Tesouro e Finanças, proprietária do castelo. O município de Palmela garante os diversos projetos e o acompanhamento da obra.

Tornar o castelo ainda mais visitado 
O Castelo de Palmela é também um dos monumentos que faz parte dos projetos previstos e em execução pela marca Território Arrábida - Património Partilhado apresentada em Maio. O projeto intermunicipal de cooperação entre os municípios de Setúbal, Palmela e Sesimbra que partilham o recurso natural da Serra da Arrábida traduz-se num conjunto de ações concretas nas áreas de valorização do património cultural e turístico, acessibilidades, mobilidade suave, saúde, bem-estar e inclusão social. Todos eles são co-financiados pela União Europeia, no âmbito do Portugal 2020.
A candidatura “Castelos e Fortalezas da Arrábida - Castelo de Palmela” é uma das ações previstas no programa Praarrábida - Plano de conservação, valorização e promoção do património histórico, cultural e natural da Arrábida. O concurso a decorrer vai permitir a construção de um sistema de passadiços e outras estruturas para tornar o castelo acessível a todos, independentemente da sua condição física ou de mobilidade.
Quando estiver concluída, a intervenção irá contribuir para uma ligação do monumento, da Igreja de Santiago à Praça de Armas, onde serão promovidos alguns eventos numa lógica de turismo inclusivo. A ação Castelos e Fortalezas da Arrábida está inscrita no Pacto de Desenvolvimento de Coesão Territorial da Área Metropolitana de Lisboa, tendo sido candidatada ao Programa Operacional Regional Lisboa 2020.

Agência de Notícias com Câmara de Palmela 
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