Amiga de mãe de Diana Fialho diz que os problemas começaram após namoro entre os arguidos
De acordo com a professora reformada, ex-colega de Amélia Fialho, foi a arguida que lhe deu conta do desaparecimento da mãe adotiva, tendo inclusive aceite a ajuda para ir à PSP do Montijo formalizar a queixa.
Lembro-me do Iúri me perguntar, ‘se ela tiver mesmo desaparecido como é que chegamos às coisas dela?’ e naquela altura fiquei triste. A Diana estava presente, mas não consegui ver o rosto dela, nem se fez algum gesto. Caiu-me a ficha, eu numa situação daquelas estaria a chorar”, referiu.
Neste depoimento, Maria de Sousa contou também que Amélia Fialho decidiu adotar uma criança para ter alguém “a quem deixar o que tinha”.
Neste sentido, a mulher confirmou que a vítima tinha o testamento em nome de Diana Fialho, mas quando a filha saiu de casa, em 2014, “alterou ou pensou em alterar” o documento.
Nesta sessão, também falou a psiquiatra de Iúri Mata, Maria Esteves, que foi consultada pelo arguido em 2016, quando estava com uma “depressão intensa” devido a problemas com o pai e pressão nos estudos.
O pai [de Iúri] tinha manifestações psicóticas e com um tipo de depressão grave podia manifestar-se, mas na altura não. Quadros psicóticos eu não vi”, frisou.
Os restantes cinco testemunhos nesta sessão, familiares ou amigos do arguido, manifestaram que Iúri era uma pessoa “simpática, sociável e estudiosa”.
O meu filho era a pessoa mais amiga do seu amigo, era o primeiro a apaziguar em situação de conflito. Se fossem precisas mais testemunhas vinham muitas mais”, sublinhou Orlanda do Carmo, a mãe do arguido, que acabou por se emocionar.
A história de um crime
O julgamento iniciou-se em 4 de Julho e ambos os arguidos remeteram-se ao silêncio, apesar de o advogado de Iúri Mata ter esclarecido que o seu cliente não estava em condições de o fazer “por esta sob efeito de forte medicação”.
Segundo o despacho de acusação do Ministério Público, os arguidos “gizaram um plano para matar Amélia Fialho, de 59 anos, e, ao jantar, colocaram fármacos na bebida da vítima que “a puseram a dormir”, tendo desferido “vários golpes utilizando um martelo”, que causaram a morte da professora.
Após o homicídio, relata a acusação, os arguidos embrulharam o corpo e colocaram-no na bagageira de um carro, deslocando-se até um terreno agrícola, em Pegões, no Montijo, onde, com recurso a gasolina, “atearam fogo ao cadáver”.
Na primeira audiência, a inspetora da Polícia Judiciária (PJ) que participou na investigação do crime, Fátima Mira, garantiu que foi Iúri Mata que ajudou a “fazer o reconhecimento e reconstituição do crime", por se encontrar “arrependido na altura”.
Além disso, referiu que foi encontrado “sangue humano” em roupas dos arguidos e na bagageira da viatura utilizada por ambos, além dos documentos de Amélia Fialho, que estavam escondidos e “enrolados em papel higiénico”.
Já as imagens de videovigilância da bomba de gasolina, segundo a inspetora, mostram Iúri Mata a comprar um garrafão de água, o qual encheu com gasolina, e Diana Fialho, um pouco depois, a adquirir um isqueiro.
Foi a 7 de Setembro de 2018 que a filha adotiva e o genro da vítima foram detidos e presentes a tribunal, o qual decretou a medida de coação de prisão preventiva. A arguida está no Estabelecimento Prisional de Tires, enquanto o homem está na prisão do do Montijo.
Uma colega e amiga da professora assassinada no Montijo em Setembro de 2018 disse, esta terça-feira, que os problemas com a filha adotiva da vítima iniciaram-se quando Diana Fialho começou a namorar com Iúri Mata. No início, quando a menina veio para casa via-as muito felizes, tinham uma cadela e adoravam-na. Quando a Diana começou a namorar com o Iúri, do que tenho conhecimento, foi quando começaram os problemas”, testemunhou Maria de Sousa, na segunda sessão do julgamento, no Tribunal de Almada. Diana Fialho e Iúri Mata estão acusados pelo Ministério Público pelos crimes de homicídio qualificado e profanação de cadáver. As alegações finais estão marcadas para sexta-feira.
Suspeitos estão a ser julgados em Almada |
De acordo com a professora reformada, ex-colega de Amélia Fialho, foi a arguida que lhe deu conta do desaparecimento da mãe adotiva, tendo inclusive aceite a ajuda para ir à PSP do Montijo formalizar a queixa.
Lembro-me do Iúri me perguntar, ‘se ela tiver mesmo desaparecido como é que chegamos às coisas dela?’ e naquela altura fiquei triste. A Diana estava presente, mas não consegui ver o rosto dela, nem se fez algum gesto. Caiu-me a ficha, eu numa situação daquelas estaria a chorar”, referiu.
Neste depoimento, Maria de Sousa contou também que Amélia Fialho decidiu adotar uma criança para ter alguém “a quem deixar o que tinha”.
Neste sentido, a mulher confirmou que a vítima tinha o testamento em nome de Diana Fialho, mas quando a filha saiu de casa, em 2014, “alterou ou pensou em alterar” o documento.
Nesta sessão, também falou a psiquiatra de Iúri Mata, Maria Esteves, que foi consultada pelo arguido em 2016, quando estava com uma “depressão intensa” devido a problemas com o pai e pressão nos estudos.
O pai [de Iúri] tinha manifestações psicóticas e com um tipo de depressão grave podia manifestar-se, mas na altura não. Quadros psicóticos eu não vi”, frisou.
Os restantes cinco testemunhos nesta sessão, familiares ou amigos do arguido, manifestaram que Iúri era uma pessoa “simpática, sociável e estudiosa”.
O meu filho era a pessoa mais amiga do seu amigo, era o primeiro a apaziguar em situação de conflito. Se fossem precisas mais testemunhas vinham muitas mais”, sublinhou Orlanda do Carmo, a mãe do arguido, que acabou por se emocionar.
A história de um crime
O julgamento iniciou-se em 4 de Julho e ambos os arguidos remeteram-se ao silêncio, apesar de o advogado de Iúri Mata ter esclarecido que o seu cliente não estava em condições de o fazer “por esta sob efeito de forte medicação”.
Segundo o despacho de acusação do Ministério Público, os arguidos “gizaram um plano para matar Amélia Fialho, de 59 anos, e, ao jantar, colocaram fármacos na bebida da vítima que “a puseram a dormir”, tendo desferido “vários golpes utilizando um martelo”, que causaram a morte da professora.
Após o homicídio, relata a acusação, os arguidos embrulharam o corpo e colocaram-no na bagageira de um carro, deslocando-se até um terreno agrícola, em Pegões, no Montijo, onde, com recurso a gasolina, “atearam fogo ao cadáver”.
Na primeira audiência, a inspetora da Polícia Judiciária (PJ) que participou na investigação do crime, Fátima Mira, garantiu que foi Iúri Mata que ajudou a “fazer o reconhecimento e reconstituição do crime", por se encontrar “arrependido na altura”.
Além disso, referiu que foi encontrado “sangue humano” em roupas dos arguidos e na bagageira da viatura utilizada por ambos, além dos documentos de Amélia Fialho, que estavam escondidos e “enrolados em papel higiénico”.
Já as imagens de videovigilância da bomba de gasolina, segundo a inspetora, mostram Iúri Mata a comprar um garrafão de água, o qual encheu com gasolina, e Diana Fialho, um pouco depois, a adquirir um isqueiro.
Foi a 7 de Setembro de 2018 que a filha adotiva e o genro da vítima foram detidos e presentes a tribunal, o qual decretou a medida de coação de prisão preventiva. A arguida está no Estabelecimento Prisional de Tires, enquanto o homem está na prisão do do Montijo.
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