Casal que matou mãe adoptiva no Montijo em julgamento

Diana Fialho e Iuri Mata começam a ser julgados quinta-feira em Almada

O Tribunal de Almada começa a julgar, na quinta-feira, Diana Fialho e Iuri Mata, casal acusado pelo Ministério Público de matar a mãe adotiva da arguida, no Montijo, em Setembro de 2018. O início do julgamento está marcado para as 9h30 de 4 de Julho, dia em que prossegue uma greve dos funcionários judiciais. Os arguidos requereram a abertura de instrução, mas, em 10 de Maio, o juiz de instrução criminal Carlos Delca, do Tribunal de Instrução Criminal do Barreiro, pronunciou-os (decidiu leva-los a julgamento) nos exatos termos da acusação do Ministério Público. 
Julgamento arranca esta quinta-feira em Almada 

O juiz de instrução criminal sublinhou que existem “indícios mais do que suficientes” para os pronunciar (levar a julgamento), tais como o cadáver encontrado, as imagens de Diana Fialho e Iúri Mata a comprar gasolina e um isqueiro, as roupas do arguido, o sangue encontrado na casa onde residiam e o relatório policial do ADN da vítima nas roupas dos arguidos.
Segundo o despacho de acusação do Ministério Público, os arguidos "gizaram um plano" que consistia em matar Amélia Fialho, mãe adotiva da arguida, pois a relação entre ambas "era marcada por discussões e desacatos constantes, por causa da relação amorosa entre os arguidos".
O Ministério Público conta que foi no seguimento do plano que ambos os arguidos tinham criado, que, em 1 de Setembro de 2018, ao jantar, o casal colocou na bebida da vítima “fármacos que a puseram a dormir” e, de seguida, desferiu "vários golpes utilizando um martelo”, que causaram a morte da professora.
Após o homicídio, relata a acusação, os arguidos embrulharam o corpo da mãe adotiva de Diana Fialho, colocaram-no na bagageira de um carro e deslocaram-se até um terreno agrícola, no qual, com recurso a gasolina, “atearam fogo ao cadáver”.
Foi a 7 de Setembro de 2018 que a filha adotiva e o genro da vítima foram detidos e presentes a tribunal, o qual decretou a medida de coação de prisão preventiva. A arguida está no Estabelecimento Prisional de Tires, enquanto o homem no do Montijo.
A vítima, de 59 anos e professora de Físico-Química na Escola Secundária Jorge Peixinho, no Montijo, foi encontrada morta a 5 de Setembro de 2018, em Pegões, no concelho do Montijo.
O mau relacionamento familiar entre a vítima e os arguidos remontava, pelo menos, a 2014, ano em que a PSP do Montijo terá sido chamada a casa da família por alegadas agressões da filha adotiva à professora.

Agência de Notícias com Lusa 
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