ANA já enviou informação sobre aeroporto do Montijo

Ambiente vai decidir futuro de obra estruturante na região

A ANA - Aeroportos de Portugal remeteu à Agência Portuguesa do Ambiente a informação adicional pedida no âmbito do Estudo de Impacte Ambiental do aeroporto do Montijo, disse fonte da gestora aeroportuária. A informação em causa refere-se ao Estudo de Impacte Ambiental do aeroporto do Montijo. António Costa já disse que apenas espera este estudo para que a localização se torne "irreversível". O resultado deve ser conhecido ainda antes das eleições legislativas previstas para 6 de Outubro. Se o projeto para o Montijo falhar em termos ambientais, o Governo não terá um “plano B”, já que não aceita que Alcochete seja uma solução, quer devido a restrições orçamentais quer pelo tempo que iria demorar a sua construção.
Estudo ambiental decide Montijo 

A 7 de Junho, a ANA afirmou à Lusa que a Agência Portuguesa do Ambiente lhe tinha feito chegar "um pedido de esclarecimentos adicionais", no âmbito do "procedimento habitual de tomada de decisão para a declaração de conformidade do Estudo de Impacte Ambiental".
Na altura, a gestora dos aeroportos portugueses afirmou que as questões seriam "respondidas dentro de um mês" e, agora, em resposta à Lusa, fonte oficial disse que a informação já foi enviada à Agência Portuguesa do Ambiente."A ANA - Aeroportos de Portugal informa que já entregou à Agência Portuguesa do Ambiente a informação adicional solicitada, no âmbito do procedimento para a declaração de conformidade do Estudo de Impacte Ambiental, afirmou a fonte, sem acrescentar mais pormenores, designadamente a informação pedida.
Em 12 de Abril, a ANA disse à Lusa que o Estudo de Impacte Ambiental do aeroporto do Montijo estava concluído.
A ANA e o Estado assinaram a 8 de Janeiro o acordo para a expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa, com um investimento de 1,15 mil milhões de euros até 2028 para aumentar o atual aeroporto de Lisboa (Aeroporto Humberto Delgado) e transformar a base aérea do Montijo no novo aeroporto de Lisboa.
A 4 de Janeiro, o então ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, assegurou que vão ser integralmente cumpridas eventuais medidas de mitigação definidas no Estudo de Impacto Ambiental.
O primeiro-ministro, António Costa, já disse que apenas aguarda o Estudo de Impacte Ambiental para a escolha da localização do novo aeroporto ser "irreversível" e admitiu que "não há plano B" para a construção de um novo aeroporto complementar de Lisboa caso o Estudo de Impacte Ambiental chumbe a localização no Montijo.
António Costa garantiu também que "não haverá aeroporto no Montijo" se o Estudo de Impacte Ambiental não o permitir.
De recordar que o processo de avaliação do projeto aeroportuário para o Montijo começou em Maio de 2018, quando a ANA entregou o primeiro estudo de impacte ambiental ao Governo. O procedimento acabou, no entanto, por ser encerrado pela Agência Portuguesa do Ambiente em Julho desse ano, pela necessidade de aprofundamento do estudo, que em seu entender carecia de informações, nomeadamente relacionadas com a avifauna.
O aeroporto complementar do Montijo é a solução que está em cima da mesa para que Lisboa consiga duplicar a sua capacidade, permitindo que se chegue a 72 movimentos de aeronaves por hora e 50 milhões de passageiros por ano. Após a obtenção ambiental, prevê-se que a infraestrutura possa começar a funcionar em 36 meses.

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