Almada procura local para parques de campismo

Autarquia quer novo espaço para parques de campismo situados em zona de risco


A Câmara de Almada informou nesta segunda-feira que está a procurar um local para recolocar três parques de campismo da Costa de Caparica, que se situam numa zona de risco de inundação ou galgamento costeiro. “Neste momento, a Câmara de Almada encontra-se a avaliar qual o local apropriado para a recolocação dos parques de campismo que se encontram em zona de risco de galgamentos costeiros, tsunami, derrocadas e movimentos de massas”, adiantou a vereadora da Protecção Civil, Francisca Parreira. A Fonte da Telha é uma das localizações possíveis para os parques.
Câmara quer recolocar parques de campismo 

O Parque de Campismo Piedense, o Clube de Campismo de Lisboa Sul e o Clube de Campismo de Almada são as três infra-estruturas que se localizam a sul da área urbana da Costa de Caparica, uma zona “reconhecida como de risco” em vários documentos estratégicos, como é o caso do Polis Costa, que integra um Plano de Pormenor no qual “é proposta a relocalização”, revelou a autarca.
Ainda não há um prazo previsto para o início deste processo, mas Francisca Parreira indicou que, em parceria com o Estado central, o município “está a analisar várias possibilidades no território para a criação de um Parque Municipal de Campismo, considerando-se a área da Fonte da Telha como uma das possibilidades”.
De acordo com a página da internet da Câmara de Almada, o Plano de Pormenor dos Novos Parques de Campismo, publicado em 2005, já previa “albergar” os três parques em zona de risco, incluindo a construção de recepção, posto médico, bar, restaurante e um supermercado, assim como a “salvaguarda da área próxima à Mata dos Medos”, a “construção de parques de estacionamento arborizados”, uma ciclovia e um percurso pedonal.
Já no sábado, a vereadora tinha dito à Lusa que a autarquia “não tem outra solução que não seja um processo longo de diálogo com os proprietários para garantir que os parques [em zona de risco] serão relocalizados ou encerrados”.
As suas declarações seguiram-se à morte de um homem de 73 anos, num incêndio no Parque de Campismo Piedense, onde nove alvéolos arderam por causas ainda desconhecidas, segundo a GNR.
Perante o incidente, a vereadora admitiu que nem todos os parques de campismo do concelho cumprem as medidas de segurança.
“Temos noção de que há parques de campismo que não cumprem as condições de segurança e, nomeadamente, não garantem as medidas de auto-protecção que são necessárias e que estão reguladas na legislação”, referiu.

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Agência de Notícias com Lusa 
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