Benfica atento à poluição da Siderurgia em Paio Pires

Clube quer apurar se o centro de estágio do Seixal é atingido por poluição

O Sport Lisboa e Benfica comunicou ao Tribunal de Almada que fará as diligências necessárias para apurar se o seu Centro de Estágio, no Seixal, é atingido pela poluição eventualmente gerada pela Siderurgia Nacional. Num requerimento entregue na semana passado, o clube refere que embora não acompanhe a ação popular cível sobre a poluição atmosférica em Paio Pires, que decorre neste tribunal, não é indiferente “à questão da poluição e da salubridade do meio ambiente de milhares de jovens que praticam desporto no Centro de Estágio do Benfica (Caixa Futebol Campus)”. O clube afirma que respeita a sobrevivência da Siderurgia Nacional, tendo em conta a relevância económica da empresa para a região e os municípios locais, mas sublinha a necessidade de assegurar a máxima observância das regras de proteção do ambiente na região e, em particular, no seu Centro de Estágio.
Benfica atento ao nível de poluição 

Para garantir esse desiderato, o Benfica afirma que adotará por iniciativa própria, as diligências necessárias “para apurar se o seu Centro de Estágio é atingido pela poluição eventualmente geral pela Siderurgia Nacional”.
No mesmo requerimento, o clube afirma que não pretende o encerramento daquela unidade industrial, mas que “não prescinde da garantia de adoção das adequadas e imprescindíveis medidas de eliminação de todo e qualquer foco de poluição que seja suscetível de atingir a saúde dos atletas e a salubridade do ambiente, onde eles se formam e se preparam para as competições desportivas”.
Para o clube, a ação popular apresentada pela associação Terra da Morte Lenta não garante as preocupações do Sport Lisboa e Benfica.
No Tribunal Judicial da Comarca de Almada foi intentada uma ação civil contra a Siderurgia Nacional do Seixal, devido à poluição atmosférica alegadamente causada por esta indústria.
Na ação cível, a associação “Terra da Morte Lenta” pede a suspensão imediata da atividade até serem resolvidas as questões básicas e administrativas em causa e uma indemnização no valor de 500 milhões de euros.
O valor pedido tem em conta o número de habitantes nesta zona e destina-se a um fundo que será explorado por entidades, como a Câmara do Seixal, o Instituto Ricardo Jorge, ou Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo, com o objetivo de melhorar a qualidade do ar.
A ação cita mais de 50 entidades como as câmaras do Seixal, Almada e Barreiro, sindicatos de várias entidades e até o Benfica, visto que o centro de estágios se localiza a poucos metros da unidade industrial.

Agência de Notícias com Lusa 

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