Setúbal dá nome a navio patrulha da marinha

"O nome da nossa cidade sulcará as águas dos nossos mares" 

O novo navio da Armada Portuguesa batizado com o nome Setúbal foi inaugurado, esta quarta-feira, durante uma cerimónia em Viana do Castelo. “A partir de hoje, o nome de Setúbal sulcará as águas dos nossos mares, em especial na zona económica exclusiva nacional, em missões de busca e salvamento, patrulhamento e vigilância”, salientou a presidente da Câmara de Setúbal, Maria das Dores Meira, que marcou presença no ato. Durante a cerimónia, o chefe de Estado-Maior da Armada destacou “a importância atual do porto” de Setúbal e a “importância histórica” da cidade. O Setúbal tem uma guarnição de 44 elementos foi aumentado ao efetivo dos navios da Marinha. O Navio Setúbal  é o quarto da classe Viana do Castelo, todos construídos em Portugal, juntando-se assim ao Viana do Castelo, Figueira da Foz e Sines. Estes navios vêm substituir as corvetas da Marinha com mais de 45 anos. Cada um dos navios custou 60 milhões de euros. 
Navio Setúbal foi batizado em Viana do Castelo 

O navio patrulha oceânico “Setúbal”, lançado ao mar em Dezembro e desde então ao serviço da Armada Portuguesa, foi inaugurado nos estaleiros , em Viana do Castelo, com as presenças do ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, do chefe de Estado-Maior da Armada, almirante António Maria Mendes Calado, representantes das empresas West Sea e Edisoft e empresários da indústria náutica.
O almirante Mendes Calado recordou ainda que, com a atribuição do nome da cidade a este navio, “a Marinha cumpriu a promessa feita em 2011”, durante as comemorações do Dia da Marinha, realizadas em Setúbal, cidade com a qual a Armada, referiu o militar, “sempre teve excelentes relações”.
O “Setúbal” demorou dois anos a ser construído e é o quarto navio da classe construído em Portugal, juntando-se às embarcações Viana do Castelo, Figueira da Foz e Sines, todas no ativo.
A embarcação tem capacidade para desenvolver controlo de esquemas de separação de tráfego, prevenção e combate à poluição marinha e prevenção e combate a atividades ilegais como narcotráfico, imigração ilegal, tráfico de armas e outros ilícitos.
O navio tem igualmente capacidade para cooperar em operações militares de baixa intensidade, ações decorrentes da promulgação do estado de sítio ou de emergência e apoio humanitários na sequência de desastres naturais.
Sob o comando do capitão-tenente Rui Zambujo Madeira, mergulhador de especialização e militar da Marinha desde 1994, com diversas missões nacionais e internacionais, o “Setúbal” conta com uma guarnição de oito oficiais, nove sargentos e 27 praças, num total de 44 militares permanentes a bordo.
A embarcação, com passagem pelas águas do rio Sado prevista para breve, tem como madrinha Jessica Rachel Hallett, investigadora da Universidade Nova de Lisboa e curadora do Médio Oriente no Museu Calouste Gulbenkian.
A cerimónia culminou com a bênção do “Setúbal” pelo capelão da Marinha.

Estaleiros de Viana voltam “a ser referência mundial” na indústria naval
O ministro da Defesa disse poder "adivinhar" que os seis novos Navio Patrulha Oceânico, previstos na Lei de Programação Militar, serão construídos nos estaleiros de Viana do Castelo, num investimento de 360 milhões de euros.
"Ainda não se sabe, mas podemos adivinhar. Ainda estamos, primeiro, no processo de aprovação da Lei de Programação Militar. Uma vez tendo essa aprovação na Assembleia da República, será o momento de falarmos com os estaleiros, mas é evidente que Viana do Castelo oferece condições excecionais. É evidente que queremos que sejam feitos em Portugal e, portanto, como digo, podemos adivinhar", afirmou João Gomes Cravinho.
O ministro, que falava aos jornalistas, nos estaleiros da West Sea, em Viana do Castelo, no final da cerimónia de batismo do Navio Setúbal, garantiu que o Governo "não permitirá que esta oportunidade e este investimento saiam de Portugal".

Agência de Notícias


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