Deputados do CDS-PP visitam escola em Almada

Secundária Fernão Mendes Pinto necessita urgentemente de obras

Nuno Magalhães, deputado do CDS-PP, eleito pelo circulo de Setúbal à Assembleia da República, ouviu da directora da Escola Secundária Fernão Mendes Pinto, no Pragal, concelho de Almada. O deputado apela  "à necessidade urgente da requalificação" daquela escola. A instituição “não tem obras há 40 anos”, tendo principalmente problemas estruturais, ao nível da canalização e de roturas. Neste ano letivo, os alunos já "fecharam" a escola duas vezes [Outubro e Janeiro] reclamando pela falta de condições e da falta de pessoal não docente. No entanto, segundo os deputados centristas, nem tudo é mau naquele estabelecimento de ensino. A segurança e o sucesso educativo são marcas "que orgulham" os cerca de mil alunos da Escola Secundária Fernão Mendes Pinto. 
Comitiva do CDS vê in loco os problemas da escola 

Remoção de placas de fibrocimento que tardam, canalização a necessitar de obras, o piso em mau estado, a falta de funcionários, a necessidade de renovação de equipamento, em concreto de ginásio, tal como um balneário condigno para que os alunos possam praticar educação física em perfeitas condições, são alguns dos problemas que Nuno Magalhães, Ana Rita Bessa, também deputada do Grupo Parlamentar na área da Educação, tal como a  presidente da estrutura local do CDS-PP, Sara Machado Gomes, ouviram da responsável da escola.
"Umas obras de fundo que tardam, visto a tutela reconhecer as necessidades existentes, mas considera a mesma como não prioritária", disse o partido num comunicado enviado à ADN-Agência de Notícias.
A falta de indicações no exterior da escola e sinalização nomeadamente a rodoviária em condições de segurança, foram outras das queixas ouvidas pelo CDS-PP.
Contudo, nem tudo é negativo na Fernão Mendes Pinto, no Pragal, antes pelo contrário. "A escola é um sucesso ao nível da aprendizagem, da integração e da socialização, apresentando-se mesmo como uma escola-modelo e com muita procura, tendo ainda como ponto forte, o ensino do Turismo, uma disciplina muito importante para o concelho e para o país", explicou Nuno Magalhães.
A segurança ao redor e no interior da escola "melhorou significativamente" e há um "acompanhamento constante da comunidade educativa de professores e encarregados de educação junto dos alunos num escola que tem como referência entre alunos e ex-alunos, músicos, futebolistas, judocas, políticos, artistas entre outros, que estudam ou se formaram na escola do Pragal", diz o deputado centrista.
"O CDS-PP continuará a acompanhar a situação da Fernão Mendes Pinto, nomeadamente no que diz respeito às exigências que devem ser feitas junto do Ministério da Educação", garante Nuno Magalhães.
Na mesma visita na comitiva do CDS-PP esteve também presente José Coutinho, Presidente da JP de Almada.

Alunos protestaram em Janeiro 
Em Janeiro, os estudantes da Escola Secundária Fernão Mendes Pinto, voltaram a protestar pela realização de obras nas casas de banho, canalizações e remoção de amianto.
"Apontamos problemas a nível da instalação da escola, falta de funcionários e necessidade de maior verba para a limpeza, mas o principal é a necessidade de realização de obras nas casas de banho, nas canalizações e a remoção do fibrocimento que ainda existe em algumas coberturas da escola", explicou Beatriz Mendes, na altura.
De acordo com a aluna, devido aos problemas nas canalizações, há uma casa de banho "que se encontra encerrada há vários meses", uma situação que já se verificava no último protesto dos estudantes, em Outubro do ano passado.
Outra das prioridades é a mudança do pavimento do pavilhão de educação física, que, segundo a estudante, "é de madeira, está danificado e não é o mais indicado para a prática de ginástica".
Os alunos receberam a indicação de que as obras começam este ano, no entanto, não querem "promessas" mas sim "concretizações".
"Houve uma confirmação por parte da entidade responsável que as obras na canalização iriam avançar este ano, mas foi uma promessa e nós queremos realmente ver isso concretizado e ter a certeza que vai acontecer. São problemas que estão a ficar muito graves e é urgente serem resolvidos", sublinhou.
Além da manifestação, os estudantes elaboraram uma carta a exigir ao Governo a resolução de problemas da escola pública, como a "elevada carga horária, o elevado número de alunos por turma, a falta de investimento no ensino nas vias profissionalizantes e os constrangimentos no acesso ao ensino superior".
Segundo Beatriz Mendes, a direcção da escola tem apoiado os alunos, mas estes problemas têm que ser resolvidos pelo Estado.
"A direcção tem-se mostrado sempre disponível para ouvir os problemas dos alunos e faz tudo o que pode, mas realmente há questões que não estão ao seu alcance e que só podem ser resolvidas com um aumento do financiamento por parte do Governo e do Ministério da Educação", apontou a aluna na altura.
A Escola Fernão Mendes Pinto tem atualmente cerca de mil estudantes, mas, segundo a porta-voz, “este número é superior ao que a escola foi pensada para ter”.

Agência de Notícias 

Comentários