Esquadra da PSP em Setúbal atingida por cocktails molotov

PSP reforça policiamento na zona de Loures e Setúbal

A esquadra da Polícia de Segurança Pública do bairro da Bela Vista, em Setúbal, foi alvo, na última noite, do arremesso de cocktails molotov. Há também notícia de caixotes do lixo e automóveis incendiados na Póvoa de Santo Adrião e em Odivelas, no distrito de Lisboa. As forças de segurança fizeram uma detenção. Em comunicado enviado às redações, a PSP confirma a ocorrência de vários incidentes durante a noite, afastando, por agora, uma ligação à manifestação que na segunda-feira mobilizou dezenas de moradores do bairro da Jamaica no Terreiro do Paço, em Lisboa. A Câmara de Setúbal diz, no entanto, que este foi "um ato isolado"  que não alterou em nada o clima de tranquilidade do maior bairro social da cidade. 

Ataque à esquadra da Bela Vista investigada 

Essa é, pelo menos, a convicção da Câmara de Setúbal, que considera o incidente ocorrido hoje de madrugada "um acontecimento isolado e fortuito, num quadro de um ambiente positivo e de normalidade que se tem vivido nos últimos anos no bairro da Bela Vista, com um grande envolvimento do município e dos moradores".
Contactada pela agência Lusa, fonte do Gabinete da Presidência da Câmara de Setúbal referiu, no entanto, que a autarquia "vai continuar a acompanhar este processo com toda a atenção".
Segundo fonte policial, os elementos de serviço na esquadra da Bela Vista não conseguiram ver quem lançou os cocktails e limitaram-se a apagar as chamas provocadas pelos três artefactos lançados, cerca das três da madrugada, contra a esquadra da Bela Vista.
As chamas acabaram por se propagar a uma viatura policial e a uma viatura civil, pertencente a um agente da PSP, mas foram extintas rapidamente pela intervenção dos elementos de serviço naquela esquadra, não tendo sido necessária a intervenção dos bombeiros.
A PSP diz não ter, pelo menos por enquanto, elementos que permitam relacionar o incidente ocorrido na esquadra da Bela Vista com a manifestação e os desacatos ocorridos segunda-feira em Lisboa, em protesto contra a alegada violência policial no bairro da Jamaica, no Seixal, durante uma ocorrência no passado fim de semana.
Hoje de manhã, no bairro da Bela Vista, o ambiente era de perfeita normalidade, não obstante a concentração de algumas dezenas de pessoas nas imediações da esquadra da polícia, algumas atraídas pelo aparato provocado pela presença da comunicação social.

Confusão começa em Lisboa na segunda-feira
Na segunda-feira foram detidas quatro pessoas após o apedrejamento de agentes da PSP por parte de moradores do bairro social da Jamaica, no Seixal, que se manifestaram diante do Ministério da Administração Interna.
Pelas 21h40, indica a força de segurança, “foram incendiadas duas viaturas em Odivelas e outras duas na Póvoa de Santo Adrião, com recurso a cocktails molotov”.
“Posteriormente, foram incendiados e destruídos 11 caixotes do lixo e danificadas, nesta sequência, cinco viaturas, na zona circundante ao Bairro da Cidade Nova, também com a utilização de cocktails molotov”, prossegue a Polícia de Segurança Pública.
Foram em seguida intercetados quatro suspeitos, “tendo sido detido um indivíduo do sexo masculino, de 18 anos de idade, depois de reconhecimento por testemunhas como um dos autores do lançamento dos engenhos incendiários”.
O arremesso de três cocktails molotov contra a esquadra do bairro da Bela Vista, em Setúbal, deu-se pelas 3h15, sem registo de feridos.
“Observaram-se danos na esquadra e numa viatura civil. Não foram ainda identificados os suspeitos desta ação criminosa”, lê-se na mesma nota da PSP.
“A Polícia de Segurança salienta que o clima de segurança foi restabelecido nas zonas acima mencionadas, reforçado o dispositivo policial nos locais, garantindo a tranquilidade e normalidade a todos os residentes”, conclui a polícia.
O irmão da proprietária de uma das viaturas que foram incendiadas, esta madrugada, em vários locais no bairro Casal do Privilégio, na Póvoa de Santo Adrião, no concelho de Odivelas, não encontra explicações para o sucedido.

Agência de Notícias



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