Câmara vai abater e tratar palmeiras no Pinhal Novo

Compromisso de tratamento de palmeiras e replantação de outras árvores

A Câmara de Palmela promoveu, uma reunião com os moradores da Avenida Natália Correia, em Pinhal Novo. Neste encontro, que decorreu na Junta de Freguesia de Pinhal Novo e abrangeu as Urbanizações de Vila Serena e Monte Novo, foram apresentadas as conclusões do estudo realizado pelo laboratório de Patologia Vegetal “Veríssimo de Almeida”, do Instituto Superior de Agronomia, relativamente às condições fitossanitárias das palmeiras existentes no local. Assim, de acordo com a autarquia, a intervenção passa, em alguns casos, pelo "abate" das árvores mas também "pelo tratamento imediato mensal das palmeiras" e ainda, "pela replantação de outras espécies". O tratamento implica 132 árvores e um investimento de 30 mil euros anuais da autarquia.
Autarquia e moradores discutiram futuro das palmeiras 

As palmeiras do concelho de Palmela, em espaço público e privado, não escaparam à degradação generalizada que se tem verificado um pouco por toda a Europa, devido à praga do Escaravelho da Palmeira. No final do ano passado, a autarquia reconhecia a "urgência de proceder à avaliação fitossanitária e de risco de rotura de 156 palmeiras da vila de Pinhal Novo, para definir a real necessidade de abate". Avançou-se, de imediato, para alguns abates mas nem toda a população aceitou isso e a autarquia pediu novos dados e novos estudos que, no final da semana passada, foram apresentados à população do Pinhal Novo.
De acordo com o estudo - que abrangeu três espaços: Avenida Natália Correia, Urbanização dos Mochos e Avenida dos Ferroviários – a intervenção da autarquia passará, "quer pelo abate, quer pelo tratamento imediato mensal das palmeiras" e ainda, "pela replantação de outras espécies", explica a autarquia em comunicado.
"O tratamento, em modo biológico, abrangerá 132 exemplares e representa um investimento da autarquia de cerca 30 mil euros anuais", explica a Câmara de Palmela.
Para a replantação, que terá em linha de conta a sustentabilidade, o interesse público e aspetos paisagísticos, serão analisadas seis espécies de árvores, além das palmeiras: alfarrobeiras, oliveiras, ciprestes, amieiros, olaias e liquidambares. A Câmara Municipal voltará a reunir com os moradores no final de Fevereiro, para apresentação da proposta final e qual serão as árvores a plantar. 
Considerando que as palmeiras são uma árvore originária de climas mais quentes e secos – ficando, por isso, mais vulneráveis em solo europeu – e que é aconselhável a valorização das espécies autóctones, o município é "favorável à substituição gradual das palmeiras por outras espécies mais resistentes e adaptadas ao nosso clima".
Recorde-se que os técnicos do Laboratório realizaram, em Outubro do ano passado, uma sessão de esclarecimento em Pinhal Novo alertando para o risco de rotura das palmeiras nas referidas urbanizações e para a necessidade urgente de intervenção.
A praga do Escaravelho da Palmeira mereceu, pela sua nocividade, a aplicação de medidas de emergência pela União Europeia, que considerou esta praga de luta obrigatória, tendo aprovado a decisão contra a introdução e propagação desta praga na comunidade. Os sintomas, aquando da infestação, só se manifestam quando a palmeira já está muito afetada, tornando quase impossível a recuperação da planta, cuja fragilidade passa a constituir perigo para a segurança.
No entanto, ao longo da última década, o município de Palmela "gastou milhares de euros no tratamento dos muitos exemplares existentes no concelho, através de micro-injeções e aplicação dos produtos aconselhados pela União Europeia, apostando, também, na prevenção e divulgação junto dos particulares que possuem exemplares em espaços privados", diz a autarquia.

Agência de Notícias com Câmara de Palmela 

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