Barreiro recebe 60 novos autocarros no próximo ano

Autarquia prepara reforço nas carreiras na urbanização dos Fidalguinhos 

Os Transportes Coletivos do Barreiro vão receber 60 novos autocarros no início do próximo ano, anuncio o vice-presidente da Câmara do Barreiro. “Vamos investir 14 milhões de euros. No primeiro semestre vamos reforçar a rede com 60 novos autocarros amigos do ambiente. Vamos adequar a rede TCB às necessidades da população, conferindo uma maior fiabilidade e conforto no serviço de transporte prestado, bem como contribuir para uma melhor qualidade do ar e da redução da poluição sonora”, revelou João Pintassilgo. O vice-presidente da autarquia avançou que a medida ocorre “face ao aumento significativo da procura”, em cerca de 10 por centro. O anuncio foi feito depois de começar a circular na cidade, uma petição com cerca de 300 assinaturas que exige a reposição de circuitos, sobretudo na urbanização dos Fidalguinhos. Os utentes consideram que a supressão de carreiras está a prejudicar milhares de pessoas.
Novos autocarros chegam em 2019 

Segundo o autarca, será reposto o percurso das carreiras 1 e 2, e reforçadas a 14 e 15 na urbanização dos Fidalguinhos, além da criação de uma nova carreira que permita ligar a Estrada da Amizade com Santo André e o centro do concelho.
A agência Lusa falou com o vice-presidente do Barreiro na sequência do lançamento de uma petição com cerca de 300 assinaturas, que exige a reposição das carreiras números 1 e 2 na urbanização dos Fidalguinhos.
O porta-voz deste documento, José Manuel Almeida, que em 2017 foi candidato pelo PNR à presidência da Câmara do Barreiro, disse à Lusa que a supressão das carreiras está a “prejudicar milhares de utentes”, que têm que andar a pé cerca de 800 metros para terem acesso a um autocarro.
Uma situação que, segundo o responsável, causa grande transtorno a crianças e jovens, que por vezes chegam à escola “completamente encharcados”.
De acordo com José Manuel Almeida, a supressão das carreiras aconteceu por decisão do anterior executivo CDU, liderado por Carlos Humberto.
“A anterior gestão camarária tomou uma decisão que fez com que os Transportes Coletivos do Barreiro passassem também a beneficiar uma área da Moita, o que ajuda os habitantes desse concelho, que não tem uma empresa de transpores coletivos, mas, por outro lado, veio prejudicar grande parte da população do lado ocidental do Barreiro”, defendeu.
José Manuel Almeida ressalvou, também, que “passados dois anos” a situação está na mesma, uma vez que o atual executivo, do PS, liderado por Frederico Rosa, não alterou a decisão.
“O discurso é o mesmo, dizem que estão à espera de novos autocarros, o que vai acontecer no início de 2019”, referiu.
O vice-presidente da autarquia, João Pintassilgo, confirmou que houve uma “reformulação da rede” em 2016, a qual alterou os percursos das carreiras números 1 e 2 e reforçou o percurso dos autocarros 14 e 15.
Apesar das reivindicações da petição, o autarca afirmou que, devido ao aumento da procura, consideram a medida “um êxito”. Isto porque expandiu-se o serviço dos TCB ao concelho da Moita, mantendo a oferta no concelho do Barreiro”, garantiu.
José Manuel Almeida está a aguardar uma resposta do município sobre a petição e equaciona convocar um protesto caso não existam avanços.
“Estamos a equacionar sim, porque há apoio por parte de associações de pais de escolas secundárias e associações de estudantes para nos concentrarmos junto da Câmara Municipal do Barreiro, numa atitude pacífica, mas, ao mesmo tempo, de protesto, para que percebam que vendem um passe, mas há serviços que não estão a ser cumpridos”, frisou.
Os Transportes Coletivos do Barreiro operaram em todo o concelho do Barreiro e nas freguesias de Vale da Amoreira, Baixa da Banheira e Alhos Vedros, no concelho da Moita.

Agência de Notícias com Lusa 

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