Trabalhadores da Washclean em vigília no Barreiro

BE denuncia salários em atraso e problema social urgente dos trabalhadores 

O Grupo Parlamentar do BE teve conhecimento que os trabalhadores da lavandaria Washclean, no Barreiro, têm estado, em vigília, à porta da empresa, desde o dia 6 de Novembro, em virtude dos salários em atraso e com vista a impedir a retirada de material, tendo em conta a ameaça de insolvência. De momento, "importa ainda garantir a atribuição do subsídio desemprego com a máxima celeridade possível", explica o Bloco de Esquerda que já questionou o Governo, através do Ministério do Trabalho e da Segurança Social. A situação arrasta-se desde o inicio do mês. A União de Sindicatos de Setúbal, sublinha que o dono da empresa é proprietário de outras lavandarias e pode vir a tirar material das instalações, sem pagar aos trabalhadores pelo trabalho efectuado.
Trabalhadores querem receber salários em atraso 


Esta empresa, disse o Bloco de Esquerda em comunicado enviado à ADN-Agência de Notícias, "tem famílias inteiras a trabalhar e existem vários casos verdadeiramente dramáticos do ponto de vista social, atenta a falta de suporte que lhes permita fazer face a necessidades básicas de alimentação e de pagamento de despesas fixas de água, luz e renda". 
Na verdade, assume ainda os deputados do BE, "só têm subsistido graças à generosidade e solidariedade dos restantes trabalhadores havendo casos de risco de fome dos descendentes a cargo.
Desta maneira, torna-se "imperioso uma resposta social urgente, nomeadamente através da indicação de um técnico de serviço social que faça o despiste e triagem das situações que requerem uma intervenção mais expedita. De momento, importa ainda garantir a atribuição do subsídio desemprego com a máxima celeridade possível, bem como o tratamento das situações individuais com a dignidade que merecem", explica o Bloco de Esquerda que já questionou o Governo, através do Ministério do Trabalho e da Segurança Social. 
Os deputados querem saber se o Ministério "tem conhecimento desta situação" e quais "as medidas que foram tomadas pela tutela com vista a garantir a resposta social adequada aos trabalhadores da empresa". 
Os bloquistas perguntam ainda se o Governo pode garantir "a indicação de um técnico de serviço social para fazer a triagem das situações sociais que merecem uma intervenção mais rápida", tal como a "atribuição do subsídio do desemprego com carácter de urgência a estes trabalhadores". 

União de Sindicatos de Setúbal denunciou caso no inicio do mês 
O caso já foi denunciado pela União de Sindicatos de Setúbal no inicio de Novembro. De acordo com Luís Leitão, dirigente da União de Sindicatos de Setúbal, a empresa Washclean Laundries, sediada no parque da Quimigal (Barreiro), deve aos trabalhadores um conjunto de pagamentos em atraso considerável e a sua postura tem sido de pagar os salários aos 'bochechos', o que mantém os trabalhadores vinculados à empresa mas "sem dinheiro e em situações difíceis".
O dirigente explicou ainda à publicação Abril Abril  que, "ao efectuar o mesmo [150 euros a cada], os trabalhadores estão impedidos de evocar salário em atraso, quando o patrão deve vários subsídios, e o contrato não pode ser suspenso, pois foi paga uma parte do salário, ainda que mínima".
Perante os protestos, o patrão quis "passar uma declaração aos trabalhadores com o intuito de suspender o vínculo" de trabalho, a pretexto de os libertar para outras "oportunidades", o que é entendido pelo sindicato como uma forma de pedir mais tarde a insolvência.
Em comunicado, a União de Sindicatos de Setúbal exige que o proprietário da empresa, inclusive dono de outras lavandarias, pague o que é devido aos trabalhadores e que "se comporte como deve de ser e não recorra a esquemas para prejudicar quem está em condições de vida difícil, fruto da sua má gestão".

Agência de Notícias 

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