Barreiro defende construção de ponte para o Montijo

Cidade quer afirmar-se como uma alternativa a Lisboa

O novo aeroporto do Montijo foi um dos temas que marcou a semana passada, com as negociações a avançarem a todo o gás. Câmara do Barreiro aplaude, mas pede ligação de um quilómetro para a cidade do Montijo, disse o presidente da Câmara ao jornal Sol. O objetivo é o Barreiro "a afirmar-se cada vez mais como uma alternativa a Lisboa para habitação e para o investimento no turismo". Frederico Rosa pretende maximizar o facto de a solução do novo aeroporto passar pelo Montijo. Para o presidente da autarquia, "basta apostar numa ligação de cerca de um quilometro entre o Barreiro e o Montijo para que as pessoas percebam que o Barreiro é uma cidade com todas as condições para quem quer viver e trabalhar". 
Autarca do Barreiro quer ponte para Montijo 


Ao semanário Sol, Frederico Rosa explicou que, "apesar de ser preciso conhecer os resultados de todos os estudos primeiro, há coisas que já se sabem. Ligar o Lavradio [no Barreiro] ao Montijo implica uma infraestrutura de apenas de um quilómetro e é preciso ter em conta a importância desta infraestrutura. O novo aeroporto pode trazer mais-valias a toda a região", diz o autarca.  
Frederico Rosa defende ainda que "num concelho tão carente de emprego é importante aproveitar o contágio do aumento de postos. Para algumas pessoas, falar de ponte é falar de uma terceira travessia do Tejo, mas não é de nada disso que estamos a falar. Estamos a falar de uma ponte que fará toda a diferença em termos de desenvolvimento económico e criação de emprego". 
Isto porque, de acordo com o autarca, apostar numa ligação deste género é apostar no desenvolvimento de toda uma região e não apenas do Barreiro. "Esta ligação tem a capacidade de ser uma alavanca para toda esta zona", sublinha.

Fumo branco para aeroporto no Montijo 
O acordo entre o Governo e a ANA, para viabilizar o aeroporto do Montijo, já está selado - quem o garante é Marques Mendes, que deu a notícia no seu comentário habitual aos domingos, Jornal da Noite da SIC.
"A cerimónia pública da assinatura deverá realizar-se na primeira quinzena de Outubro", disse.
Segundo o comentador da SIC, o Estado não gasta um cêntimo, pois os mil milhões de euros necessários (para adaptar o Montijo à aviação civil e, também, ampliar a pista de Lisboa) serão assumidos pela empresa concessionária dos aeroportos.
Numa semana fortemente marcada pelo tema do novo aeroporto e da necessidade de ser tomada uma posição, o CEO da ANA sublinhou ainda que a solução Portela + Montijo deverá "entrar ao serviço em 2022".
Na comissão parlamentar de Economia, Inovação e Obras Públicas, Thierry Ligonnière explicou que, basta encerrar as negociações, para que se possa "passar o mais rápido possível para a realização" da transformação da atual base militar em infraestrutura complementar do aeroporto de Lisboa. Até porque, ainda que as negociações tenham sido demoradas, "está a chegar ao fim a parte económica".
De acordo com o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, espera-se que, "muito em breve", seja anunciada "a conclusão do acordo" com a ANA - Aeroportos de Portugal, em relação ao aeroporto do Montijo, referindo estar "muito adiantado" o processo técnico e financeiro.
A esta posição junta-se a de António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa. O primeiro-ministro afirmou na passada quinta-feira que a solução é praticamente "irreversível", considerando que há consenso nacional sobre este projeto. Para o Executivo, não há portanto tempo a perder. "Temos de corrigir hoje o erro que foi cometido há dez anos de a tempo e horas não termos feito o aeroporto de que já então necessitávamos. Há cerca de um ano o Governo assinou com os novos proprietários da ANA um acordo para definir uma opção estratégica fundamental, que está definida: Manter a Portela [Aeroporto Humberto Delgado] e crescermos com um novo aeroporto no Montijo", disse António Costa.
Também Marcelo Rebelo de Sousa se manifestou e não deixa margem para dúvidas: A execução do aeroporto no Montijo tem de ser rápida. "Feliz" com o anúncio de que o aeroporto complementar do Montijo poderá vir a ser anunciado em breve, o chefe de Estado ressalva que "a execução tem de ser rápida para recuperarmos aquele tempo que outros ganharam à nossa custa".

Agência de Notícias 
Fonte: Jornal SOL 

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