Seixal contra o encerramento da Caixa em Fernão Ferro

População manifesta-se a 26 de Junho contra encerramento 

A Câmara do Seixal contesta o anúncio de encerramento na freguesia de Fernão Ferro e a "ausência de intervenção" do Governo, tendo já solicitado uma reunião de urgência com a administração da Caixa Geral de Depósitos. "Hoje vivem em Fernão Ferro cerca 20 mil habitantes, num território que conheceu uma tremenda evolução nas últimas décadas e onde se assiste a uma das maiores taxas de crescimento populacional do País, não se percebendo esta medida da administração da Caixa Geral de Depósitos", refere a autarquia num comunicado. Além da reunião que já solicitou à administração do banco público, a Câmara do Seixal anuncia uma manifestação para o dia 26 de Junho, pelas 12 horas, em frente ao balcão da freguesia de Fernão Ferro.
Balcão de Fernão Ferro é um dos escolhidos para fechar portas 

Face ao anúncio da Caixa Geral de Depósitos de encerramento de balcões em todo o país, no âmbito do seu plano de reestruturação da rede, a autarquia rejeita qualquer intenção de encerramento deste balcão em Fernão Ferro.
Manifesta ainda a sua firme oposição "a esta decisão, que, a confirmar-se, será mais um passo no desmantelamento de um serviço público essencial ao país e às populações", diz o comunicado da Cãmara.
"Atualmente vivem nesta freguesia cerca 20 mil  habitantes, num território que conheceu uma acentuada evolução nas últimas décadas e onde se assiste a uma das maiores taxas de crescimento populacional do país, não se percebendo esta medida da administração da Caixa Geral de Depósitos. Não se entende também a ausência de intervenção do Governo face aos encerramentos anunciados pela administração desta empresa pública, sendo de lamentar que a sua intervenção passe somente pela viabilização do financiamento da Caixa em negócios pouco claros que têm criado dificuldades a um banco público com papel fundamental e insubstituível para o desenvolvimento do país e das populações", sublinha a autarquia gerida pelo PCP.
A Câmara do Seixal considera que o encerramento do balcão do banco publico em Fernão Ferro "será uma medida extremamente lesiva dos interesses da população, pelo que manifesta o seu forte repúdio face a esta possibilidade, tendo solicitado uma reunião de urgência com a atual administração".

Caixa quer fechar mais 70 balcões em todo o país 
Entre Janeiro e Maio, saíram 347 trabalhadores do banco público, depois de, no ano passado, as saídas terem sido 547, de acordo com o Expresso. O plano para encolher a presença e a quota de mercado da Caixa, imposto pela Comissão Europeia no âmbito do processo de recapitalização pública do banco, prevê uma redução média de 500 trabalhadores por ano, até 2020.
Estes número vêm juntar-se ao encerramento de 70 agências até ao final do ano, quase todas neste mês. Entre 2010 e 2017, o banco público encerrou mais de 200 balcões e, no mesmo período, saíram cerca de dois mil trabalhadores. Cerca de metade desta redução foi feita nos últimos três anos.
Segundo informações recolhidas pela Lusa, algumas das localizações das agências a encerrar, além de Fernão Ferro, são: Alhandra, Carregado, Castelo Branco, Estarreja, Lamego, Loures, Odemira, Pombal, Viana do Castelo, Vila Nova de Gaia, Vila Pouca de Aguiar, Vila Real e Viseu – sendo muito mais abrangentes do que insinuava o comunicado da semana passada, que remetia os encerramentos para a "Grande Lisboa e Grande Porto".

Agência de Notícias com Câmara do Seixal 


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