Moita comemorou o Dia da Marinha do Tejo

Embarcações típicas do Tejo vivem dia especial 

O Cais da Moita voltou a ser palco, 10 anos depois da sua reinstituição, das comemorações do Dia da Marinha do Tejo, contando com a presença do Presidente da Câmara, Rui Garcia, entre várias entidades, personalidades e população. O Almirante Mendes Calado, Chefe de Estado Maior da Armada, na sua intervenção, reconheceu a importância da Marinha do Tejo e das embarcações típicas do Tejo: “A Marinha do Tejo é continuada por todos os que de forma apaixonada e dedicada participam na preservação destas extraordinárias embarcações e na transmissão dos ofícios e saberes que possibilitam a perpetuação desta arte”, referiu o Almirante. 
Dia da Marinha do Tejo foi celebrado no sábado 

O Chefe de Estado Maior da Armada terminou com palavras de apoio ao trabalho desta associação: “A Marinha presta aqui uma justa e reconhecida homenagem à Associação Marinha do Tejo e ao notável trabalho desenvolvido, na certeza de que a Marinha dos Portugueses continuará, na medida das suas faculdades, a apoiar sempre a Marinha do Tejo”, disse o Almirante Mendes Calado. 
No final das intervenções, Carvalho Rodrigues, presidente honorário da Associação Marinha do Tejo, chamou cada um dos proprietários e arrais das embarcações para assinar o Livro de Registos. Nas 85 embarcações típicas do Tejo inscritas no Livro de Registos da Marinha do Tejo, inclui-se também o varino da Câmara da Moita, “O Boa Viagem”.
Outro dos momentos em destaque nestas comemorações foi a doação da embarcação típica do Tejo, com 115 anos, o catraio “Pé Leve”, de João Fortuna, ao Museu de Marinha, a quem o diretor deste museu, CMG Passos Ramos, agradeceu e homenageou.
As comemorações do Dia da Marinha do Tejo terminaram, no concelho da Moita, com a largada e desfile dos catraios, canoas, faluas e varinos do Cais da Moita rumo à Base Naval de Lisboa (Alfeite).
Na cerimónia, participou também a Banda Musical do Rosário com vários momentos musicais.
Recorde-se que este evento surgiu em 2008, na sequência de um despacho do Secretário de Estado da Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar que determina a realização de um conjunto de iniciativas que contribuam para preservar o significado histórico-cultural da Marinha do Tejo e dinamizar a sua ação, entre as quais a constituição de um polo vivo do Museu da Marinha.
A Marinha do Tejo é o nome pelo qual ficaram conhecidas as embarcações e a comunidade de marítimos das zonas ribeirinhas que tiveram um papel relevante na defesa do país, contribuindo de forma determinante para a proteção da cidade de Lisboa no início do século XIX, especialmente por ocasião da terceira invasão francesa.

Agência de Notícias com Câmara da Moita

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