Governo aumenta funcionários da Soflusa e Transtejo

Ligações entre a Margem Sul e Lisboa sem paragens esta semana 

O Governo anunciou na sesta-feira passada que foi estabelecido um acordo de "revalorização remuneratória dos trabalhadores dos transportes fluviais que unem os concelhos do Barreiro, Montijo, Seixal e Almada à capital portuguesa, indicando que o aumento dos salários vai ser aplicado "de imediato" e vai vigorar até ao final de 2019. "Os trabalhadores da Transtejo e da Soflusa que têm um salário mensal inferior a mil euros passam a ter um aumento de 20 euros e aqueles que têm um salário superior a mil euros passam a ter um aumento de 15 euros, a aplicar de imediato e que vai vigorar até ao final de 2019", avançou o secretário de Estado Adjunto e do Ambiente, José Mendes, em conferência de imprensa, no terminal fluvial do Cais do Sodré, em Lisboa.
Trabalhadores com acertos de ordenado  já não fazem greve 

Neste âmbito, os trabalhadores da Transtejo e da Soflusa decidiram hoje, em plenário, desconvocar a greve marcada para segunda e terça-feira, de acordo com José Manuel Oliveira, coordenador da Fectrans - Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações.
A convocação da greve foi motivada pela "paragem total da negociação do Acordo de Empresa", em que se pretende a valorização salarial dos trabalhadores das empresas Transtejo e Soflusa.
"A prova de que estamos todos de boa-fé, que as coisas correram muito bem, é que as greves que estavam marcadas na Transtejo e na Soflusa para o período das Festas [de Lisboa], para a próxima semana, vão ser todas desconvocadas", declarou o governante José Mendes.
Além do aumento dos salários, o acordo dá resposta a "uma reivindicação antiga dos trabalhadores, quer da Soflusa, quer da Transtejo, relativamente à incorporação no salário base do subsídio de catamarã e do complemento de remuneração de que usufruem já hoje", disse o secretário de Estado Adjunto e do Ambiente, explicando que, "durante o que resta de 2018 haverá uma incorporação no salário base de 75 por cento desses subsídios e, a partir de 1 de Janeiro de 2019, serão incorporados os restantes 25 por cento".
Já os trabalhadores que hoje não recebem esses subsídios vão ser contemplados com "uma valorização de mais quatro euros mensais".
No processo negocial dos Acordos de Empresa em vigor na Transtejo e na Soflusa, que decorreu esta semana com reuniões entre as comissões intersindicais e a administração das empresas, com a presença do secretário de Estado Adjunto e do Ambiente, foi ainda decidido negociar, até ao final de 2018, o regulamento de carreiras destas empresas, "de tal forma que esses novos regulamentos passarão a produzir efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2019", referiu o governante.
Questionado se este acordo proporciona um período de paz social na Transtejo e na Soflusa, José Mendes afirmou que "estas empresas não se caracterizam de resto por nenhuma forma de instabilidade, naturalmente os trabalhadores fazem o seu papel, portanto era o período de fazermos uma negociação para a valorização salarial, isso foi feito e este acordo, em termos salariais, é válido até ao final de 2019".

Agência de Notícias com Lusa 

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