Moscatel de Setúbal a bordo do Navio Escola Sagres

Torna Viagem é uma marca registada da José Maria da Fonseca

Nos próximos meses, o Navio Escola Sagres empreenderá uma viagem pela costa das américas. A bordo do navio escola, ruma um lote de Moscatel de Setúbal da José Maria da Fonseca. Uma experiência que recria os míticos e centenários vinhos de “Torna Viagem”. O Navio Escola Sagres já saiu do Alfeite, em Almada, rumo aos Estados Unidos da América onde escalará, entre outros, os portos de Filadélfia, Nova Iorque, New Bedford e Boston (onde se integrará nas cerimónias do 10 de Junho), seguindo depois para outros destinos nas américas. À boleia desta viagem de muitos milhares de milhas náuticas, seguem quatro cascos de Moscatel de Setúbal da José Maria da Fonseca, cumprindo mais uma vez a tradição do Moscatel de “Torna-Viagem”. No navio segue também um lote de vinhos da Península de Setúbal com destino aos eventos promovidos pela AICEP no âmbito do “Junho – Mês de Portugal nos EUA”.
Moscatel de Setúbal está em viagem e promete voltar ainda melhor 


A José Maria da Fonseca descobriu o “Torna Viagem” há mais de um século. Reza a História que, na época em que navios cruzavam os oceanos, fazendo todo o tipo de comércio, era comum levarem à consignação cascos de Moscatel de Setúbal.
Os comandantes, que recebiam uma comissão pelo que vendiam, nem sempre os conseguiam comercializar na totalidade. Na volta a Portugal, depois do périplo, em que se submetiam a diversos climas e significativas variações de temperatura, os cascos eram devolvidos à Casa Mãe.
Ao serem abertos, o resultado era quase sempre uma grata surpresa: geralmente o vinho estava bastante melhor do que antes de embarcar. A passagem pelos trópicos, a caminho do Brasil, África ou Índia, quando atravessava por uma ou mais vezes a linha do Equador, melhorava a qualidade do Moscatel de Setúbal e conferia-lhe grande complexidade.
O objetivo é avaliar a influência da viagem marítima no vinho. Para isso, a José Maria da Fonseca guarda nas suas adegas vinho da mesma colheita. No regresso, é feita uma prova comparativa entre o vinho que não viajou e o que ficou nas Adegas como testemunha. “‘Cada viagem é única e irrepetível, as alterações bruscas de temperatura, o balanço do mar e a salinidade atribuem características ímpares ao vinho, mas invariavelmente ele regressa mais complexo, redondo e aveludado acentuando o caráter único e maravilhoso do nosso Moscatel de Setúbal Torna Viagem’”, diz Domingos Soares Franco, vice-presidente e enólogo da José Maria da Fonseca.
E é por isso que, em 2000, a José Maria da Fonseca retoma, com regularidade, as viagens com cascos de Moscatel de Setúbal. Em parceria com a Marinha Portuguesa, através do Navio Escola Sagres, a José Maria da Fonseca iniciou o que designa por ‘Época Moderna dos Torna Viagem’.
E realizou já sete edições : 2018, 2017, 2016, 2015, 2010, 2007 e 2000. Estes vinhos Torna Viagem permanecem depois, por longos anos, nas caves da José Maria da Fonseca, antes de chegarem ao mercado. “Podemos encontrar hoje em algumas garrafeiras da especialidade o Moscatel de Setúbal Torna Viagem 1832. A exclusividade e raridade destes generosos coloca-os num patamar aspiracional, uma obra-prima da natureza e do homem”, diz a empresa.
Para Henrique Soares, Presidente da Comissão vitivinícola Regional da Península de Setúbal, “A Península de Setúbal sempre teve uma forte ligação ao mar e consequentemente à Marinha, pelo que esta parceria com o Navio Escola Sagres é frequente e é um enorme orgulho para a região poder colocar a bordo um dos seus tesouros”.
Para aquele responsável este ano é ainda mais especial pois os Estados Unidos da América estão sinalizados como um mercado prioritário para os Vinhos da Península de Setúbal no próximo triénio, estando previstas até ao final de 2018 diversas ações de promoção com destaque para as que vão decorrer em Houston (Texas) e Miami (Florida).


Agência de Notícias

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