Hospital de Almada não está a despedir enfermeiros

Ordem acusa Hospital de "despedir" enfermeiros. Administração diz que estão a cessar contratos

O Hospital Garcia de Orta, em Almada, assegurou esta quarta-feira não estar a despedir enfermeiros, esclarecendo que o que está a ocorrer é a cessação dos contratos a termo incerto devido ao regresso ao serviço dos profissionais que tinham sido substituídos. A Ordem dos Enfermeiros afirmou que cerca de duas dezenas de enfermeiros estão a ser "despedidos" desde o início do mês no Hospital Garcia de Orta adiantando que estão em causa profissionais que se encontravam com contrato a termo incerto ou de substituição. Ainda segundo a Ordem, foram depois admitidos profissionais com contrato a termo indeterminado. Contactado pela agência Lusa, o hospital esclareceu que "não estão a ser feitos 'despedimentos' de enfermeiros" no hospital de Almada. 
Hospital Garcia de Orta acusado de "despedir" enfermeiros  

Cerca de duas dezenas de enfermeiros estão a ser "despedidos" do Hospital Garcia de Orta, em Almada, segundo a Ordem dos Enfermeiros, que diz que a situação se verifica desde o início deste mês.
Numa nota divulgada esta terça-feira, a Ordem refere que estão em causa profissionais que se encontravam com contrato a termo incerto ou de substituição.
Ainda segundo a Ordem, foram depois admitidos profissionais com contrato a termo indeterminado.
A Ordem afirma que já pediu esclarecimentos ao conselho de administração do Hospital Garcia de Orta, indicando que não entende a razão pela qual não se mantiveram os enfermeiros que já estavam integrados nos serviços.
A bastonária Ana Rita Cavaco refere, na nota, que pretende ainda saber se foi solicitada autorização para converter os contratos de substituição em contratos por tempo indeterminado.

As explicações do hospital Garcia de Orta
"O que tem vindo a ocorrer, e que pode dar origem às observações da Ordem dos Enfermeiros, é o término de contratos de trabalho a termo resolutivo incerto, em substituição de trabalhador ausente por motivo de parentalidade, celebrados ao abrigo do previsto no Código do Trabalho", afirma o hospital numa resposta escrita enviada à Lusa.
O hospital adianta que a notificação da cessação destes contratos tem ocorrido com o regresso ao serviço do enfermeiro ausente, sendo a notificação de término do contrato efetuada ao trabalhador contratado para garantir a substituição.
"Não se verifica, portanto, que 'foram depois admitidos profissionais com contrato a termo indeterminado', já que o que tem ocorrido é o regresso do trabalhador ausente ao seu posto de trabalho", sublinha a administração do hospital.
Contudo, existem diversos processos a aguardar autorização para contratos por tempo indeterminado, afirma o Hospital Garcia de Orta, que conta que "vários venham a ser aceites, dando, naturalmente, preferência aos enfermeiros que já se encontram plenamente integrados nos respetivos serviços".

Agência de Notícias com Lusa 

Comentários