A Festa da Ilustração 2018 invade a cidade
A Festa da Ilustração 2018, que mantém o lema da edição original – “É Preciso Fazer um Desenho?” –, marca ainda o reencontro do contemporâneo João Fazenda com o clássico António Fernando dos Santos, ilustrador e também humorista conhecido no meio artístico como Tóssan.
“Terá sido o primeiro ilustrador que conheci”, recordou João Fazenda sobre o homem que conheceu, tinha ainda 4 anos, numa visita ao atelier do artista, falecido em 1991 e que deixou um largo espólio. “Não deixa de ser um aspeto curioso poder reencontrá-lo aqui”, frisa.
Tóssan é o outro ilustrador em destaque no certame organizado pela Câmara de Setúbal e o atelier DDLX, neste caso em jeito de evocação, presente com uma exposição na Galeria Municipal do 11 concebida pelo designer e diretor de arte Jorge Silva e que, tal como todas as mostras, está patente de 2 a 30 de Junho.
João Paulo Cotrim, curador da Festa da Ilustração, salientou que a mostra de Tóssan, “com uma carga simbólica muito forte”, faz o “ponto de situação da faceta ilustrativa” do artista e apresenta alguns trabalhos inéditos. “Vai ser entusiasmante, até porque Tóssan era uma figura carismática”.
Sobre João Fazenda, que trabalha regularmente, entre outros, com a New Yorker, o The New York Times e a Visão, esta última ilustrando, desde 2005, a crónica semanal “A Boca do Inferno”, João Paulo Cotrim afirmou que é um ilustrador “especial e movediço”, pelo que a mostra “permite conhecê-lo um pouco melhor”.
Novidade na edição deste ano da Festa da Ilustração é a realização do concerto “Chegou o Homem dos Sete Instrumentos”, por ilustradores músicos, no dia 2, às 21h30, no exterior da Casa da Cultura, no qual participam, entre outros nomes a confirmar, Pedro Lourenço e Filipe Andrade.
“Temos ilustradores estupidamente talentosos”, brincou João Paulo Cotrim, para adiantar que o concerto, “uma forma diferente de começar a Festa da Ilustração”, vai ser “uma sessão divertida e interessante”, na medida em que “proporciona um ponto de encontro raro entre os próprios”.
A Festa da Ilustração 2018 dá ainda visibilidade ao ensino artístico através de “TPC”, patente no Cais 3 do Porto de Setúbal, com trabalhos de escolas superiores de artes, e de “É Preciso Contar uma História?”, na Casa d’Avenida, com obras de alunos das escolas básicas e secundárias do concelho e de dois estabelecimentos de ensino de Moçambique e Itália.
Presença já habitual no certame setubalense é a exposição “Ilustração Portuguesa”, patente no Cais 3 e na Biblioteca de Azeitão, que faz um resumo dos trabalhos dos ilustradores portugueses em destaque na atualidade.
Espaço de liberdade e de apresentação de ideias
A festa também se faz com o designer Alberto Lopes, autor da capa do último disco de originais de Zeca Afonso, “Galinhas do Mato”, desafiado a participar no certame com uma mostra com o título homónimo, concebida “a partir de ideias retiradas do design do disco”, adiantou José Teófilo Duarte, do atelier DDLX.
João Silva Duarte, ilustrador de Hans Christian Andersen, está presente numa exposição, na Casa Bocage, e numa conferência por Fátima Ribeiro Medeiros, detentora de grande parte do espólio intelectual do artista, a realizar a 5 de Junho, às 21h30, na Sala José Afonso da Casa da Cultura.
O certame reserva ainda “Resumo da Matéria Dada”, por José Paulo Simões, no Museu do Trabalho Michel Giacometti, “Ver ao Perto”, de ilustradores residentes no concelho de Setúbal, na Galeria Municipal do Banco de Portugal, e “Fora de Muros”, com trabalhos de detidos no Estabelecimento Prisional de Setúbal, patente na Biblioteca Municipal.
O vereador da Cultura na Câmara de Setúbal, Pedro Pina, acentuou a “condição e concetualização” da Festa da Ilustração, um momento tanto “inquietante, pelo trabalho e esforço para pôr de pé o certame”, quanto “angustiante, porque rapidamente se esvazia durante um mês”.
Para o autarca, mais do que motivo de festa, a iniciativa constitui “um espaço de liberdade e de apresentação de ideias, de reflexões, de viagens, de encontros e reencontros entre ilustradores nas próprias exposições”, e também de “desafios e de cruzamento de diferentes linguagens” artísticas.
Pedro Pina revelou ainda que a Festa da Ilustração é “um projeto entusiasmante que cresce todos os anos” e que se materializa como um “eixo de afirmação cultural da cidade”, até porque, explicou, “é identitário e tem uma génese muito própria”, além de conferir “visibilidade” a este tipo de expressão artística.
A Festa da Ilustração 2018, que mantém a estrutura de outras edições, com ilustradores clássicos e contemporâneos, conta ainda com atividades em jardins de infância, na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal, no Alegro Setúbal e na A-Mar Concept Store.
Os desenhos estão de volta a Setúbal na Festa da Ilustração 2018, certame a realizar em Junho e que, nesta edição, com uma dezena de exposições, uma conferência e um concerto, destaca os ilustradores João Fazenda e Tóssan. O ilustrador contemporâneo João Fazenda é o artista convidado desta edição e apresenta na Festa da Ilustração, com abertura oficial à meia-noite, de dia 1 para 2 de Junho, na Casa da Cultura, a exposição “Bricolage”, uma compilação de trabalhos realizados nos últimos anos. “É uma oportunidade de olhar, com tempo, para um conjunto de trabalhos feitos para a imprensa, livros e publicidade e que me permite recordar várias facetas”, revelou João Fazenda, em conferência de imprensa de apresentação do programa da festa, realizada na Casa da Cultura. Além de “Bricolage”, que fica patente na Casa da Cultura entre os dias 2 e 30 de Junho, o ilustrador traz a Setúbal, concretamente à Casa do Largo, uma mostra com “alguns trabalhos de conceção menos mainstream e de cariz mais experimental”.
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| A festa da ilustração está de regresso à cidade de Setúbal |
“Terá sido o primeiro ilustrador que conheci”, recordou João Fazenda sobre o homem que conheceu, tinha ainda 4 anos, numa visita ao atelier do artista, falecido em 1991 e que deixou um largo espólio. “Não deixa de ser um aspeto curioso poder reencontrá-lo aqui”, frisa.
Tóssan é o outro ilustrador em destaque no certame organizado pela Câmara de Setúbal e o atelier DDLX, neste caso em jeito de evocação, presente com uma exposição na Galeria Municipal do 11 concebida pelo designer e diretor de arte Jorge Silva e que, tal como todas as mostras, está patente de 2 a 30 de Junho.
João Paulo Cotrim, curador da Festa da Ilustração, salientou que a mostra de Tóssan, “com uma carga simbólica muito forte”, faz o “ponto de situação da faceta ilustrativa” do artista e apresenta alguns trabalhos inéditos. “Vai ser entusiasmante, até porque Tóssan era uma figura carismática”.
Sobre João Fazenda, que trabalha regularmente, entre outros, com a New Yorker, o The New York Times e a Visão, esta última ilustrando, desde 2005, a crónica semanal “A Boca do Inferno”, João Paulo Cotrim afirmou que é um ilustrador “especial e movediço”, pelo que a mostra “permite conhecê-lo um pouco melhor”.
Novidade na edição deste ano da Festa da Ilustração é a realização do concerto “Chegou o Homem dos Sete Instrumentos”, por ilustradores músicos, no dia 2, às 21h30, no exterior da Casa da Cultura, no qual participam, entre outros nomes a confirmar, Pedro Lourenço e Filipe Andrade.
“Temos ilustradores estupidamente talentosos”, brincou João Paulo Cotrim, para adiantar que o concerto, “uma forma diferente de começar a Festa da Ilustração”, vai ser “uma sessão divertida e interessante”, na medida em que “proporciona um ponto de encontro raro entre os próprios”.
A Festa da Ilustração 2018 dá ainda visibilidade ao ensino artístico através de “TPC”, patente no Cais 3 do Porto de Setúbal, com trabalhos de escolas superiores de artes, e de “É Preciso Contar uma História?”, na Casa d’Avenida, com obras de alunos das escolas básicas e secundárias do concelho e de dois estabelecimentos de ensino de Moçambique e Itália.
Presença já habitual no certame setubalense é a exposição “Ilustração Portuguesa”, patente no Cais 3 e na Biblioteca de Azeitão, que faz um resumo dos trabalhos dos ilustradores portugueses em destaque na atualidade.
Espaço de liberdade e de apresentação de ideias
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| Evento tem atraído amantes da ilustração à cidade |
João Silva Duarte, ilustrador de Hans Christian Andersen, está presente numa exposição, na Casa Bocage, e numa conferência por Fátima Ribeiro Medeiros, detentora de grande parte do espólio intelectual do artista, a realizar a 5 de Junho, às 21h30, na Sala José Afonso da Casa da Cultura.
O certame reserva ainda “Resumo da Matéria Dada”, por José Paulo Simões, no Museu do Trabalho Michel Giacometti, “Ver ao Perto”, de ilustradores residentes no concelho de Setúbal, na Galeria Municipal do Banco de Portugal, e “Fora de Muros”, com trabalhos de detidos no Estabelecimento Prisional de Setúbal, patente na Biblioteca Municipal.
O vereador da Cultura na Câmara de Setúbal, Pedro Pina, acentuou a “condição e concetualização” da Festa da Ilustração, um momento tanto “inquietante, pelo trabalho e esforço para pôr de pé o certame”, quanto “angustiante, porque rapidamente se esvazia durante um mês”.
Para o autarca, mais do que motivo de festa, a iniciativa constitui “um espaço de liberdade e de apresentação de ideias, de reflexões, de viagens, de encontros e reencontros entre ilustradores nas próprias exposições”, e também de “desafios e de cruzamento de diferentes linguagens” artísticas.
Pedro Pina revelou ainda que a Festa da Ilustração é “um projeto entusiasmante que cresce todos os anos” e que se materializa como um “eixo de afirmação cultural da cidade”, até porque, explicou, “é identitário e tem uma génese muito própria”, além de conferir “visibilidade” a este tipo de expressão artística.
A Festa da Ilustração 2018, que mantém a estrutura de outras edições, com ilustradores clássicos e contemporâneos, conta ainda com atividades em jardins de infância, na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal, no Alegro Setúbal e na A-Mar Concept Store.
Agência de Notícias com Câmara de Setúbal
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