Sessão discutiu crianças em risco no Distrito de Setúbal

“O Estado tem de perceber as novas realidades e criar medidas adequadas”

A partilha de experiências e boas práticas das instituições do distrito de Setúbal com respostas para crianças e jovens em risco esteve em destaque num encontro realizado, na terça-feira, no Cinema Charlot – Auditório Municipal de Setúbal. Mais de uma centena de profissionais do setor social participaram no Encontro Distrital das Instituições com Resposta para Crianças e Jovens em Situação de Risco ou Perigo, que abordou questões relacionadas com respostas sociais e terapêuticas, lares de infância e juventude, centros de acolhimento temporário, comunidades terapêuticas, centros de apoio familiar e aconselhamento parental e centros de apoio preventivo.
Especialistas discutiram problemática das crianças em risco 


Na sessão de encerramento do evento organizado pela União Distrital das Instituições Particulares de Solidariedade Social de Setúbal, o vereador com o pelouro da Inclusão Social na Câmara Municipal, Pedro Pina, enalteceu o trabalho realizado pelo setor social.
“Estas instituições são uma âncora da democracia. São constituídas por dirigentes, técnicos e funcionários que dão o seu tempo em nome de uma missão, muitas vezes em condições que não são as melhores”.
O autarca manifestou preocupações com o investimento na prevenção, que continua a ser “deficitário”, e com “a forma inconsequente como são tratadas as respostas sociais”, sobretudo num segmento como o das crianças e jovens em risco.
“São inaceitáveis as condições em que trabalha a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Setúbal, com falta de meios e recursos humanos. É urgente fazer da política um compromisso social. Da parte da Câmara de Setúbal têm um parceiro disponível para cumprir esse desígnio.”
Já a diretora do Centro Distrital de Segurança Social de Setúbal, Natividade Coelho, deixou o apelo às instituições para “deixarem de olhar para a Segurança Social como uma entidade meramente fiscalizadora”.
A responsável sublinhou a necessidade de se potenciarem sinergias, através do “estreitamento de laços entre as equipas da Segurança Social e das instituições, num trabalho de cooperação ativa e de construção de confiança”.
Outra preocupação, deixada por Eleutério Alves, dirigente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, relaciona-se com as mudanças no modelo de família tradicional.
“O Estado tem de perceber as novas realidades e criar medidas adequadas”, defendeu o responsável.

Agência de Notícias com Câmara de Setúbal 

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