Afinal vai mesmo ser discutida a petição “insultuosa e provocatória” contra Mário Soares
Mais de 13 mil pessoas assinaram uma petição ao Parlamento, apelando à exclusão do nome do antigo Presidente da República da futura infraestrutura do Montijo ou de qualquer outra obra de grande envergadura.
A petição intitulada “Impedir o nome Mário Soares no Aeroporto do Montijo” foi admitida na Assembleia da República em Outubro. Segundo o Expresso online, que dá conta da polémica levantada pelo pedido, devido ao facto do aeroporto ainda nem existir e à crueza da linguagem utilizada, a petição aguarda agendamento para eventual discussão em plenário.
“Estando o povo português tão ávido de ideias agregadoras da sua identidade, o nome do novo Aeroporto deveria considerar os verdadeiros heróis aeronáuticos portugueses como Gago Coutinho ou Sacadura Cabral ou os verdadeiros heróis da Revolução como o General Jaime Neves ou o Capitão Salgueiro Maia que tanto foram votados ao esquecimento”, diz o texto que foi assinado por 13 mil 486 pessoas e entregue no Parlamento, em Março último.
O documento apela ainda aos deputados para que não escolham “nenhum nome fracturante da Identidade Portuguesa devendo ficar colocada de parte o nome de Mário Soares para esse Aeroporto ou qualquer obra de Grande envergadura”.
Petição é um “um ato chocarreiro” e “provocatório”, diz PS
A petição “Impedir o nome de Mário Soares no Aeroporto do Montijo” já tem data marcada para ser discutida no Parlamento: 18 de Fevereiro. A discussão foi agendada na conferência de líderes desta quinta-feira. A petição com 9349 assinaturas – embora a página tenha atualmente o registo de 13 mil 486 - deu entrada na Assembleia da República em Março do ano passado e foi admitida em Outubro, tendo sido dada como apta pela comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas. O pedido levantou alguma polémica pelo objeto (um aeroporto que não existe) e pela linguagem utilizada, que além de se referir ao ex-Presidente como “fulano”, ainda o acusa de prejudicar “mais de 1 milhão de portugueses”. O PS já considerou “um ato chocarreiro” e “provocatório” a petição que deu entrada na Assembleia da República que se insurge contra a eventual atribuição do nome de Mário Soares ao aeroporto do Montijo.
Petição não quer nome de Mário Soares no Aeroporto de Montijo |
Mais de 13 mil pessoas assinaram uma petição ao Parlamento, apelando à exclusão do nome do antigo Presidente da República da futura infraestrutura do Montijo ou de qualquer outra obra de grande envergadura.
A petição intitulada “Impedir o nome Mário Soares no Aeroporto do Montijo” foi admitida na Assembleia da República em Outubro. Segundo o Expresso online, que dá conta da polémica levantada pelo pedido, devido ao facto do aeroporto ainda nem existir e à crueza da linguagem utilizada, a petição aguarda agendamento para eventual discussão em plenário.
“Estando o povo português tão ávido de ideias agregadoras da sua identidade, o nome do novo Aeroporto deveria considerar os verdadeiros heróis aeronáuticos portugueses como Gago Coutinho ou Sacadura Cabral ou os verdadeiros heróis da Revolução como o General Jaime Neves ou o Capitão Salgueiro Maia que tanto foram votados ao esquecimento”, diz o texto que foi assinado por 13 mil 486 pessoas e entregue no Parlamento, em Março último.
O documento apela ainda aos deputados para que não escolham “nenhum nome fracturante da Identidade Portuguesa devendo ficar colocada de parte o nome de Mário Soares para esse Aeroporto ou qualquer obra de Grande envergadura”.
Petição é um “um ato chocarreiro” e “provocatório”, diz PS
O PS considerou “um ato chocarreiro” e “provocatório” a petição que deu entrada na Assembleia da República que se insurge contra a eventual atribuição do nome de Mário Soares ao aeroporto do Montijo.
Para o vice-presidente da bancada do PS Filipe Neto Brandão, “a petição em causa não passa de um ato chocarreiro e provocatório, que, paradoxalmente, atesta a superioridade moral da democracia que consente até dislates como esse”.
“Não creio, assim, que alguém lhe venha a dedicar no parlamento mais do que os parcos minutos que, formal e regimentalmente, lhe estarão atribuídos”, completou o dirigente socialista, numa nota enviada à agência Lusa.
Filipe Neto Brandão defende que a figura do antigo chefe de Estado Mário Soares, “como um dos vultos maiores da República, é indubitavelmente consensual entre os portugueses que creem na democracia”.
“Pretender o contrário é, assim, na verdade, confessar-se militante de uma qualquer área saudosista do pré-25 de Abril. Curiosamente, deve ser sublinhado que exercer o direito de petição à Assembleia da República é algo que decorre também do resultado da ação cívica de Mário Soares e que pode ser exercido por todos, creiam, ou não, nas virtudes da liberdade e da democracia”, acrescentou o vice-presidente da bancada socialista.
“Não creio, assim, que alguém lhe venha a dedicar no parlamento mais do que os parcos minutos que, formal e regimentalmente, lhe estarão atribuídos”, completou o dirigente socialista, numa nota enviada à agência Lusa.
Filipe Neto Brandão defende que a figura do antigo chefe de Estado Mário Soares, “como um dos vultos maiores da República, é indubitavelmente consensual entre os portugueses que creem na democracia”.
“Pretender o contrário é, assim, na verdade, confessar-se militante de uma qualquer área saudosista do pré-25 de Abril. Curiosamente, deve ser sublinhado que exercer o direito de petição à Assembleia da República é algo que decorre também do resultado da ação cívica de Mário Soares e que pode ser exercido por todos, creiam, ou não, nas virtudes da liberdade e da democracia”, acrescentou o vice-presidente da bancada socialista.
Agência de Notícias
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