Exército e Marinha dão luz verde a aeroporto no Montijo

Deslocação de meios custará mais de 150 milhões de euros

Para que a Base Aérea do Montijo passe a ser um aeroporto complementar ao de Lisboa, o Exército aceita retirar o comando da Brigada de Reação Rápida de Tancos e a Marinha não se importa de transferir a sua esquadra de helicópteros para Sintra. A informação consta de um estudo sobre a abertura da base à aviação civil, levado a cabo pela Força Aérea, do qual o Diário de Notícias obteve as principais conclusões. Um dos porta-vozes contactados pelo jornal sublinha ainda que a deslocalização do Comando da Brigada de Reação Rápida e da Companhia de Transmissões será de cerca de 7,7 milhões de euros. Mas, ao todo, a deslocação da Base Área para outras bases pode custar mais de 150 milhões de euros. 
Militares já têm plano caso aeroporto vá para o Montijo 

De acordo com a notícia divulgada este domingo, a passagem das aeronaves de transporte para Tancos obriga o Exército a deslocar o Comando da Brigada de Reação Rápida e a Companhia de Transmissões.
A Força Aérea “não vislumbra qualquer inconveniente” em que o Agrupamento Sanitário, a Companhia de Reabastecimento Aéreo, o Destacamento do Centro de Saúde Militar de Tancos/Santa Margarida e os bombeiros continuem em Tancos e “identifica potencial na criação” de capacidades conjuntas [sanitária, meteorologia, bombeiros] ou de “reforço noutras” [segurança], afirmou ao DN uma fonte militar.
O mesmo ramo das Forças Armadas considera que as suas áreas de formação específica devem ser autónomas, ainda que possam ser formadas “equipas mistas” e haja “concertação de necessidades de vivência comum”.

Mais de 150 milhões a "voar" do Montijo 
Segundo um estudo sobre aviação civil, a Marinha e o Exército estão dispostos a deixar que a Base Aérea do Montijo dê lugar ao novo aeroporto complementar ao de Lisboa. Segundo o Diário de Notícias, o Exército concordou em retirar o Comando de Brigada de Reacção Rápida de Tancos para Évora. A Marinha dispôs-se a mover os helicópteros Lynx do Montijo para Sintra.
Desta maneira, a Força Aérea poderá deslocar os helicópteros EH-101 do Montijo para Sintra, e as aeronaves de transporte C-130, C-295, e os KC-390 que estão para chegar do Montijo rumo a Tancos.
As tomadas de posição da Marinha e Exército foram transmitidas à Força Aérea. O transporte dos meios da Força Aérea custará cerca de 130 milhões de euros.
A saída da Companhia de Transmissões e do Comando de Reação Rápida de Tancos custará cerca de 7,7 milhões de euros, estima o Diário de Notícias.
A deslocação dos helicópteros Lynx e dos EH-101está avaliada em cerca de 14 milhões de euros.

Agência de Notícias 

Comentários