Autarcas de Setúbal contra encerramento de agências

Autarcas unidos contra o encerramento de balcões da Caixa Geral de Depósitos no distrito 

Os presidentes das juntas de freguesia do distrito de Setúbal afetadas pelo encerramento de agências da Caixa Geral de Depósitos vão realizar uma manifestação no dia 27 de Abril, junto à sede da instituição bancária, em Lisboa. Os presidentes das juntas de freguesia de Charneca de Caparica, Sobreda, Laranjeiro, Feijó, Cova da Piedade, Pragal, Cacilhas (do concelho de Almada), Canha, (Montijo), Sado, (Setúbal) e Lavradio (Barreiro) reuniram para tomar uma posição. 
Autarcas não querem balcões encerrados no distrito 

"Os presidentes das Juntas deram nota das ações desenvolvidas com as populações em cada uma das freguesias na luta contra o encerramento das agências e nos contactos institucionais efetuados quer com o concelho de administração da Caixa Geral de Depósitos quer com os grupos parlamentares e Ministro das Finanças que tutela o banco público", refere a União de Freguesia do Lavradio e Barreiro, liderada por Ana Porfírio, em comunicado enviado à Lusa. 
O documento acrescenta que a administração da Caixa Geral de Depósitos "não respondeu" aos ofícios enviados. "A necessária e urgente recapitalização da Caixa Geral de Depósitos não pode servir de pretexto para aplicar "restruturações" que promovam o encerramento de agências, despedimento e deslocalização de trabalhadores, enfraquecendo o seu papel de banco público, para dessa forma defender os interesses da banca privada", acrescenta a autarca do Lavradio e Barreiro. 
Os autarcas decidiram apelar à participação de toda a população numa mobilização geral conjunta das freguesias do distrito de Setúbal onde se prevê o encerramento de agências da Caixa Geral de Depósitos no próximo dia 27 de Abril, pelas 11h30, junto à sede do banco público, em Lisboa. 
A Caixa tem previsto encerrar 61 agências, sendo 18 na área da Grande Lisboa, 15 a norte, 15 a sul e nas regiões autónomas e 13 na zona centro, segundo a lista revista divulgada em Março. O fecho de agências foi negociado com Bruxelas e é uma das contrapartidas acordadas para que a recapitalização da Caixa Geral de Depósitos que está a decorrer, num montante superior a cinco mil  milhões de euros, não seja considerada ajuda de Estado.

Agência de Notícias com Lusa

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